O folclore de Flu x Figueira (por Paulo Rocha)

Para a torcida tricolor, jogar contra o Figueirense no Orlando Scarpelli, pela Copa do Brasil – tal qual ocorrerá na noite desta quarta-feira – traz à mente uma doce lembrança. Foi neste mesmo estádio, diante do mesmo adversário, que em 2007, com um gol de Roger (Machado, hoje técnico do Bahia), o Fluminense conquistou o título nacional que tanto perseguia e lhe faltava.

Eu estava de plantão no Jornal dos Sports, na redação, e foi de lá, pela TV, que acompanhei a conquista – a última que tive o prazer de compartilhar com meu saudoso pai, conforme conto numa das crônicas de meu livro “Coração de Tricolor”. Foi uma noite inesquecível, afinal, desde 1984 não conquistávamos um título brasileiro. E a Copa do Brasil marcou o início de uma era da qual temos saudade até hoje.

Os personagens deste confronto se misturam. No atual time do Figueira, há Arouca, campeão pelo Fluminense em 2007 – aliás, uma das figuras mais importantes daquela campanha. E também há Marquinho, autor da bomba que, em 2009, no Couto Pereira, nos livrou da queda e imortalizou a mística do Time de Guerreiros.

Pelo lado tricolor, por sua vez, está o volante Henrique (que ficará no banco), autor do golaço do time catarinense no 1 a 1 do Maracanã na partida de ida da grande final da competição. Um gol que quase nos congelou a alma; mas a igualdade obtida por Adriano Magrão ao apagar das luzes nos deu o alento de que nada estava perdido.

Pois é, o jogo desta quarta tem história. Já decidiu título nacional. E temos a obrigação, como time grande, enorme que somos, de trazer um bom resultado mesmo atuando no campo dos caras. Não me iludo, não será fácil – nunca é para o Fluminense. Mas quando vejo que nossa equipe está começando a se ajustar, voltando a nos dar prazer de vê-la jogar, eu me permito sonhar. E o sonho é o ponto de partida para a materialização dos nossos desejos.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

#credibilidade