Amigos, amigas, estamos a três jogos do final da temporada e podemos, mais uma vez, superar as expectativas, pelo menos no que diz respeito aos resultados.
Desde que, na temporada passada, fracassamos nas competições de mata-mata e ficamos só com o Brasileiro, temos conseguido resultados expressivos em relação ao que foram as sete temporadas anteriores, quando o máximo que fizemos foi chegar, em 2013, às quartas de final da Libertadores, às semifinais da Copa do Brasil, em 2015, e às fases finais da Sul-Americana algumas vezes.
Ao final da temporada passada, conseguimos um quinto lugar no Brasileiro. Já nessa temporada, chegamos às quartas de final da Libertadores e da Copa do Brasil. Podemos, ao final do atual Campeonato Brasileiro, comemorar mais uma vez a vaga direto na fase de grupos da Libertadores de 2022 e uma posição honrosa na atual competição.
Ainda na análise puramente estatística, escrevo essa crônica após presenciar o final da derrota do Corinthians para o Ceará em Fortaleza. Ainda estatisticamente falando, podemos ainda disputar uma posição no G-4. Estamos a dois pontos apenas do Corinthians, que é o quarto colocado. Nosso foco, no entanto, deve ser o G-5, para que possamos garantir, sem depender de terceiros, a vaga direto na fase de grupos da próxima Libertadores. Toda nossa estratégia precisa ser montada nesse sentido nos próximos três jogos.
Existe uma grande possibilidade de garantirmos a vaga na fase de grupos mesmo ficando em sexto lugar. Basta que o Atlético MG conquiste a Copa do Brasil contra o Athlético PR, mas eu prefiro contar com o nosso resultado. Acredito que obteremos o G-5 com 7 pontos nas próximas três partidas.
A julgar pelo comportamento do Fluminense, ainda em termos de resultado, temos grandes chances contra Atlético MG, que é líder e virtual campeão, e contra Chapecoense, que já está rebaixada. O problema é o Bahia, jogo na Fonte Nova, um time que briga contra o rebaixamento. E a gente sabe bem o que acontece quando enfrentamos equipes que lutam contra o rebaixamento.
Brincadeiras à parte, nós precisamos reconhecer que o Fluminense não apresenta um futebol digno de expectativas tão ambiciosas. Por outro lado, são apenas três jogos. Tudo pode acontecer, até porque o Fluminense, apesar de um futebol pouco capaz de entusiasmar alguém, tem recursos. Aliás, essa história do Fluminense ter recursos vem desde o ano passado, e vem dando certo. Talvez, com esses recursos, pudéssemos ter vivido uma trajetória mais vencedora esse ano, sobretudo se tivéssemos uma política de contratações mais assertiva.
Esse é, no entanto, assunto para depois. Não muito, porque não podemos cometer os mesmos erros do início dessa temporada, quando contratamos mal e até é possível dizer que enfraquecemos o elenco. Não obstante, falando da vitória sobre o Inter, partida em que a gente olha a escalação e tem calafrios, Wellington, que tem grande rejeição junto à torcida e à crônica tricolor, fez uma apresentação sem senões contra o Inter.
É um fato curioso que tenhamos jogado mais contra eles no primeiro turno e tenhamos perdido de 4 a 2, numa das nossas melhores atuações no ano ofensivamente. No jogo de ontem, fizemos o gol no início e fomos para a retranca, quando a pressão estava dando certo e poderíamos ter obtido uma vantagem mais confortável. Não obstante, se fomos menos efetivos ofensivamente, também conseguimos neutralizar muito melhor as ações ofensivas adversárias do que naquela ocasião.
É futebol, a gente até tem que respeitar a opinião do Marcão, que disse que a estratégia era ganhar. Ganhou. E, vamos convir, em termos de chances de gol, eles nem foram tão melhores. Tiveram as duas grandes oportunidades. No primeiro tempo, pararam numa defesa espetacular de Marcos Felipe. Novidade! No segundo, a bola saiu rente à nossa trave.
Não vou nem atribuir à capacidade do Fluminense de apresentar surpresas a cada dia a ótima partida de Calegari atuando como meia. Afinal, Calegari, todos nós sabemos, sempre foi meia. Mas não podemos deixar de celebrar sua atuação, atuando em sua posição, na partida contra o Inter. Deixou a impressão de que podemos jogar com três volantes o resto da vida, que temos peças para isso.
E jogar com três volantes não é problema. O problema é o Fluminense recuar para jogar no contragolpe e não conseguir contragolpear o adversário, porque meio e ataque se comunicam mal. Caio Paulista, Luís Henrique e Fred até fizeram uma movimentação inteligente, atenuando esse problema, mas não o suficiente. Ainda no primeiro tempo, tivemos duas belas jogadas ofensivas, uma de Luís Henrique, outra de Caio, que parece dar sinais de que pode voltar a lembrar o atacante que inspirou o Fluminense a pagar R$ 8 milhões por 50% dos seus direitos econômicos.
Tomara! Eu torço, mas não perguntem minha opinião sobre isso. Eu só tenho o desejo. Aliás, o meu desejo mais comum é estar errado quando analiso os fatos com um olhar mais sombrio. Eu posso é opinar sobre a possibilidade do Fluminense ir direto para a fase de grupos, mas agora sem brincadeiras. Temos que vencer Bahia e Chapecoense. Contra o Galo, o que vier é lucro.
Saudações Tricolores!