O Fluzão no piloto automático (por Paulo Rocha)

Sergio Cosme foi zagueiro campeão pelo Fluminense. Treinou o clube três vezes, foi vice-campeão da Copa do Brasil em 1992 e nos levou a uma das maiores vitórias sobre o Vasco na história, em 1989. Hoje ele precisa da sua força. Colabore pelo Pix CPF 07205091730 (Sérgio Leandro, filho dele). Para qualquer dúvida, WhatsApp (21) 96451-0967. Sua participação é muito importante.

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Acompanho intensamente o Fluminense desde os anos 1970, quando ainda era um adolescente cheio de sonhos e com imensa fome de viver aventuras. Portanto, é um conhecimento de longa data que possuo do Tricolor, e vou lhes confessar algo: o desempenho do time no Campeonato Brasileiro após garantir a classificação à final da Libertadores, me deixa indignado, mas não me surpreende absolutamente em nada.

Eu tinha certeza de que nos jogos do Brasileirão disputados após a épica vitória sobre o Inter, no Beira-Rio, e a decisão contra o Boca Juniors, os jogadores do Flu iriam ligar o piloto automático e só voltar ao comando quando fosse absolutamente necessário.

O time não briga por nada na competição nacional; não possui chances de rebaixamento e tampouco luta contra a queda. Os adversários, que possuem seus objetivos, estão muito mais focados nestes confrontos que os tricolores.

Ah, mas e o G6, o G4… Balela. A vaga na próxima edição da Libertadores está mentalmente atrelada à conquista do título inédito, dia 4 de novembro, no Maracanã. Ah, mas e o segundo tempo contra o Corinthians… Bem, é o típico caso da religada que citei no parágrafo anterior: Maraca lotado, time passando vergonha diante de mais de 37 mil que compareceram para prestigiar as homenagens a Cartola, sendo o belo uniforme uma delas.

Até acredito que, após a saraivada de críticas, o Fluminense entrará com fome de jogo diante do Goiás, nesta quarta-feira, em Volta Redonda. A vitória é fundamental para retomar a confiança e calar à boca dos babaquaras que estão torcendo contra.
Dito tudo isso, venho reforçar que não acho Fernando Diniz nenhum gênio, muito longe desta qualificação. Aliás, sua atuação na beira do campo tem deixado a equipe intranquila. Nos intervalos, por vezes, consegue melhorar o rendimento. Mas nem sempre. Torçamos para que faça uma reflexão e mude de postura.

Encerro de uma forma que pode parecer paradoxal, mas acredito firmemente no sonhado título da Libertadores. Apesar de termos um titã continental pela frente. Sei que, no dia da final, os jogadores vão deixar até a alma em campo. O Fluminense é assim. Até lá, até esse dia que não chega nunca, tentemos manter a serenidade e a fé. Mas esse ranho, essa nuvem preta que tenta nos minar a confiança, precisa ser dissipada logo.