O Fluzão apresenta as suas armas (por Marcelo Savioli)

Amigos, amigas, a semana em curso marca a transição entre duas temporadas distintas para o Fluminense. Enquanto a segunda temporada teve início nesta quarta, em Lima, a primeira terá seu desfecho domingo no Maracanã.

A primeira temporada, mais curta, que ora caminha para o seu desfecho, foi marcada pelo ritmo mais modorrento do Flamengão 2023. Foram, até aqui, quase três meses enfrentando exclusivamente equipes do Rio de Janeiro.
Depois dos 50 dias de férias, o Fluminense demorou quilômetros de semanas para reencontrar algum esboço do seu melhor futebol. Fê-lo em alguns raros momentos, como na goleada de 5 a 0 sobre o Bangu, na goleada de 7 a 0 sobre o Volta Redonda, na semifinal, e no segundo tempo da decisão da Taça Guanabara.

O jogo contra o Sporting Cristal parece querer nos mostrar uma coisa, qual seja que a preparação do Fluminense foi feita para que o melhor futebol tricolor aparecesse agora, quando começa a temporada mais longa, a segunda, a que mais importa. Atuação que espero que se repita no domingo, que é para podermos fechar a temporada 1 com chave de ouro e o bi do Flamengão.

O Fluminense de quarta beirou à perfeição. Só não chegou mais próximo porque não é possível almejar ser perfeito com Felipe Melo em campo. Não que este tenha destoado do time, mas foi vital a sua falha para que ocorresse a jogada que culminou no gol do Cristal.

Tirando isso, vocês já devem estar cheios de ler e ouvir sobre o jogo, vou direto para as conclusões. O Fluminense só mostrou o que eu tenho dito há muito tempo. O Prêmio Nobel do Esporte é candidatíssimo ao título da Libertadores. Como tal, não podemos nos preocupar com grupo da morte, mas em apresentar futebol que justifique tal afirmação, e foi o que o Tricolor de Diniz fez. Colocamos os caras na roda durante noventa minutos e o placar foi até bem magro para o que apresentamos.

Vitória estrategicamente importante, porque The Strongest e River, pensando na classificação, também contam com ela. Isso significa que demos um passo à frente. Mais do que isso, porém, foi poder ter a visão do tamanho do Fluminense nessa competição. O nosso tamanho é o daquele passe do Marcelo no segundo gol. Gostei do que vi e começo a achar que Marcelo é o cara que poderá fazer melhorar o que já é excelente.

Contentamento com o jogo à parte, a cabeça já está no Fla-Flu de domingo. Temos chance de virar o placar adverso de 2 a 0 nos próximos 90 minutos? Temos, sim, temos muita chance, porque temos mais time do que eles em todos os sentidos. Se jogarmos o futebol de quarta, chego a pensar que a virada é até provável.

É claro que existe o fator arbitragem, mas mesmo contando com o auxílio a mais será complicado parar o Fluminense da estreia na Libertadores, mesmo para uma equipe qualificada como a da Dissidência. A expectativa, portanto, já é gigantesca. Se vier o que esperamos que venha só poderá ser de forma antológica, de maneira a presentear essa equipe, a começar pelo gênio Diniz, com o desfecho que merecem.

Saudações Tricolores!