O Fluminense que sonhamos (por Paulo Rocha)

A inesquecível noite de terça-feira, na qual o Fluminense goleou por 5 a 1 o “poderoso” River Plate, com show em campo e na arquibancada do Maracanã, é um dos mais belos capítulos da história recente tricolor. E deve ser creditado, em grande parte, à ousadia do mentor intelectual da façanha: Fernando Diniz.

A participação de Diniz foi tão marcante quanto à dos guerreiros que brilharam dentro das quatro linhas. Sua decisão de poupar a maioria dos titulares na derrota para o Fortaleza foi muito questionada. E a avalanche sobre o time argentino mostrou que o treinador estava coberto de razão.

Chega a ser curioso que, horas antes da partida, nos programas esportivos, se falava mais do River que do Flu. Com ares de favorito; afinal, é o líder do Campeonato Argentino, não perdia há não sei quantos dias… pois é. Voltaram para Buenos Aires com cinco ameixas no lombo. Algo que, por sinal, jamais acontecera num partida válida pela Libertadores.

A simbiose entre time, treinador e torcida é algo que chega a emocionar. Que possa resultar em mais títulos para o Fluminense. Creio que o respeito – dos rivais e da crítica – adquirido neste momento é uma credencial forte o bastante e um combustível aditivado para a realização dos objetivos. E dos sonhos.

Uma linda história parece estar em curso. Sendo escrita por Diniz, Fábio, Samuca, Nino, Felipe Melo, Marcelo, André, Alexsandro, Ganso, Arias, Keno, Germán Cano e companhia. Seria possível afirmar que esta é a reedição da Máquina Tricolor? Pois vamos nos permitir. Estamos podendo.