O Fluminense posto em prática (por CH Barros)

Ao refletir acerca da atual situação do Fluminense, podemos perceber que as coisas não andam nada favoráveis para o time no qual nós, tricolores, tanto amamos. A prova disso é simples: se juntarmos todos os jogos oficiais que disputamos até agora, quantos vencemos? Nenhum. Isso já é motivo de muita preocupação. No entanto, como se não bastasse, ainda temos a infelicidade de termos uma das piores defesas das equipes do Brasileirão e um técnico que a cada jogo não apresenta nada melhor, buscando sempre soluções ineficazes em substituições desesperadas após a metade do segundo tempo, como se resolvesse algo.

Perdemos para o Grêmio num jogo sonolento tal qual o de quarta-feira, contra o Palmeiras. A diferença é que neste conseguimos, ao menos, conquistar um ponto – o que não quer dizer que fomos superiores ao jogo do outro final de semana. Se analisarmos o gol que tomamos do Alviverde, veremos que foi uma tremenda falta de atenção da equipe, que começou no passe errado de Fred – que acabou lesionando-se depois. Diante disso, pergunto-me: o que será que Odair disse ao time a respeito disso? Um time que almeja se classificar para a Libertadores jamais pode tomar um gol desse, bem como começar dessa maneira o Campeonato Brasileiro. De seis pontos, logramos apenas um. Será que é esse mesmo o caminho?

O fato é que, infelizmente, tudo caminha para vermos um filme diversas vezes repetido nas Laranjeiras: a luta contra o rebaixamento e por uma vaga na Sula – com muito suor, a propósito. Temos visto isso desde 2015. O problema, caro (a) leitor (a), é que eu e toda a torcida já não aguenta mais essa mesma história ano após ano. Não dá mais para suportar isso. Não merecemos. Estamos cansadxs de termos que nos preparar mentalmente para cada jogo, afinal, no fundo, por mais esperançosos que tentemos ser, sabemos que os quarenta e cinco pontos é o máximo que o Flu tem alcançado nestes últimos anos.

Amigxs, não estou agourando, longe disso. Quero ver o Fluminense vencer tudo, como era nos tempos de outrora, que não vivi. O problema é que cansei de ser otimista – ou tentar – como venho demonstrando em minhas colunas. A cada temporada que passa, o Flu vai se estagnando e se conformando com a realidade. E isso não é nada animador.

Bom, voltando ao contexto futebolístico: domingo tem a peleja contra o Internacional, às 18h. O que podemos esperar? Uma vitória, contanto que tenhamos ciência de que Odair, por exemplo, treine mais a defesa para o jogo, que está deixando muito a desejar desde o inconcebível retorno do futebol. Do mesmo modo, dar mais velocidade à equipe. Estou começando a desconfiar de que Nenê e Fred não podem mesmo jogar juntos. Com o Ganso, até vai – apenas se Odair não o colocar pra jogar quase no final, como tem feito –, mas os dois juntos em nada somam. Bastou Marcos Paulo entrar no time contra o Palmeiras para o Fluminense marcar com Evanílson.

Creio que com Evanílson, Marcos Paulo e Michel Araújo juntos, o Fluminense passará a nos dar menos dor de cabeça. Os números comprovam.

Ainda dá tempo de Odair reparar o que vem fazendo de errado, contudo, precisa ser rápido. Depois do Inter, temos, na sequência, Bragantino (fora), Athletico Paranaense (fora) e Vasco (casa). Dois jogos fora do RJ e um clássico, onde não há favorito, sendo que todos já possuem mais pontos que o Flu. Portanto, todo cuidado é pouco.

Embora seja árduo, o posto de figurante precisa nos torneios ser deixado de lado. Não nascemos para isso.

Que isso comece a ser posto em prática neste domingo.

Panorama Tricolor

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