O Fluminense já tem dono (por Joaci Tavares)

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CHANTAGEM, NUNCA MAIS.

Pois é, Tricolores, a VELHA chantagem de Celso Barros; nesses 15 últimos anos, quantas vezes ele não colocou suas vontades acima dos melhores interesses do FLUMINENSE?

Insisto: não foi a primeira vez e nem foi só na gestão Peter Siemsen. Fez isso com jogadores, tipo Romário, Edmundo etc, salários astronômicos e inexplicáveis em inúmeros casos, treinadores como Renato – são uma amostra do tipo de material o Celso já impôs. Não posso deixar de lembrar os executivos: exigiu Caetano, Branco, Sandro Lima, Tenório, minou e esvaziou vários outros como Marcelo Teixeira, que nunca foi ouvido pelo Celso. E ainda tem ingênuos que cobram o banco de dados dele, enfim.

Bom patrocínio SIM, mas com muita ingerência, com muito mando e isso não pode ser saudável NUNCA.

CLARO, antes que me acusem de ingratidão, injustiça ou algo do tipo, bem comum nas distorções, digo, tenho muita gratidão por um lado do Celso – o que apoiou o FLUMINENSE nos momentos mais difíceis, que trouxe magicamente grandes jogadores, que preencheu a lacuna da INCOMPETÊNCIA DOS NOSSOS QUADROS POLÍTICOS. Celso TEM SIM seu lado bom, mas a sua arrogância o destrói, infelizmente.

DO LADO DO FLUMINENSE, lamento muito, o Peter ter quase abandonado a sequência da recuperação e a salutar independência. Sei, claro, não acabou o mandato ainda, mas era possível e urgente que, o Peter fechasse o mandato com alternativas a essa DEPENDÊNCIA EXCLUSIVA da Unimed.

Aí entra a decepção, primeiro por procurar colocar interesses eleitoreiros – acima dessa continuidade, vomitando bravatas – como querer colocar como nome do CT o de Celso Barros. Depois continuar com essa EXCLUSIVIDADE de patrocínio, malévola ao FLUMINENSE. E o pior, sair criando novas PJs, quando deveria ir extirpando-as aos poucos, pois deveria fazer parte do processo as mesmas irem diminuindo e não crescendo. É até engraçado quando falo sobre o tema, pois a turma da distorção pula enlouquecida, querendo fazer virar verdade que eu não dissertava criticando as PJs – e é verdade, no momento de 2011 não se poderia acabar com elas, da mesma forma que é incompreensível não ir acabando agora, três anos depois.

BEM, essa dependência, como já disse, foi fruto de anos de nossa própria incompetência.

O acordo sempre foi claro: o Celso mandando em tudo do futebol e, acostumado a isso, sempre chantageou quem o enfrentou e nunca mediu esforços para fazer valer sua vontade, mesmo mantendo irresponsavelmente o FLUMINENSE em risco, como em 2003, 2006, 2008, 2009, 2013 – quando foi até o REBAIXAMENTO e desmistificando a tese que com a Unimed jamais cairíamos.

Pura balela: o Celso não se preocupou com isso, só visa lucro e, em sua cabeça, ele sabe tudo de futebol – por isso demitiu Abel, impôs Luxemburgo, levou o cara até faltar cinco partidas para a tragédia de 2013, bateu o pé e o segurou pagando 700 mil – sem esquecer dos 250 mil do Caetano – para não fazer nada, nem encontrar soluções só por salários, como fez ele no Vasco recentemente.

Achando pouco, o Celso resolveu emplacar seu amor mais tórrido, RENATO GAÚCHO, e agora chantageia abertamente de novo: ou RENATO ou nada de grana. Ora porra, GRANA NOSSA, paga não por favor, mas sim pelo uso do nome UNIMED na nossa centenária camisa.

Bem, acho que a relação já deu. Quer ficar, fique; contudo, essa exclusividade é danosa para o FLUMINENSE.

Temos que poder ter vários parceiros.

Que a gestão arregace as mangas e procure-as; afinal, no Brasil, somos o único com essa penosa exclusividade.

Há times com menor torcida e investimento disputando a Libertadores, com vários meses de 100% de salários atrasados; por que lá os jogadores jogam e no FLU eles não jogam? Seriam mesmo os 20% de atraso de direito de imagem de quatro jogadores, que justifica tudo isso?

NÃO, isso é falta de comando.

Comando duplo.

Um estranho manda na parte mais importante do clube, o FUTEBOL, nossa razão de ser e existir. Se vai piorar com a gestão própria, não posso adivinhar, mas como está, afirmo, NÃO PODE FICAR.

Peço uma reflexão de todos os tricolores, mesmo os que adquiriram uma triste dependência da Unimed, que quase passaram a pensar que o FLUMINENSE acaba sem a patrocinadora, que voltaríamos a década de 90, desprezando solenemente a nova realidade de Brasil e do futebol, PENSEM.

Joaci Tavares de Araújo Junior – Sócio do Fluminense F.C.

Panorama Tricolor

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