O Fluminense de volta (por Felipe Fleury)

Nada como uma Copa América no meio para alavancar novamente as esperanças do Torcedor Tricolor. Tempo de treino duro, uma tabela menos terrível do que aquela que tivemos até a parada para a competição internacional, nova gestão (que já trabalha para acertar os salários atrasados e na busca de patrocinador), “dois reforços” (Muriel e Nenê), treino em véspera de jogo nas Laranjeiras e diante da torcida, pacote de ingressos promocional aproveitando os jogos em sequência que o Flu fará em casa.

Pode não significar nada, mas já é alguma coisa diante da pasmaceira administrativa da gestão anterior de Pedro Abad. Mario e Celso mostram que, no mínimo, pretendem chacoalhar o ambiente, aproximando o torcedor do time, cumprindo as obrigações salarias e qualificando o elenco.

Bem, pelo menos parece que deram os primeiros passos para atrair o torcedor e minimizar os problemas financeiros do clube. Quanto à qualificação do elenco, é preciso mais tempo para dizer se, realmente, os dois nomes apresentados serão úteis ao time, sobretudo Nenê, cujos salário elevado (ainda que dividido com o São Paulo até o fim de 2019) e idade podem ser um entrave a bom custo-benefício de sua contratação.

Além disso, com a iminente saída de Luciano, há severas dúvidas se o talentoso Nenê, embora exímio nas assistências e cobranças de faltas, possa desempenhar, também, as funções táticas do esquema de Diniz. Mas isso só o tempo dirá.

Por enquanto, é preciso foco nos próximos jogos pelo campeonato brasileiro, reverter o quadro negativo do primeiro quarto da competição e pontuar maximamente, aproveitando o imprescindível apoio da torcida.

Avançar na Sul-Americana também é um dos objetivos, senão o principal desta temporada, uma vez que é um título que nos falta na gloriosa sala de troféus das Laranjeiras e, além disso, traz consigo uma gorda premiação e uma vaga da Libertadores de 2020.

Mas é preciso dar um passo de cada vez. Primeiro, amenizar a crise financeira, pagar os salários em dia, qualificar o elenco e vencer. Sem vitórias, não há projeto que dê certo, mesmo o de Diniz, que tem (ainda) o apoio de grande parte da torcida. Precisa transformar suas ideias em pontos, em vitórias, porque não haverá desculpas plausíveis para um eventual baixo aproveitamento nessa sequência de jogos que o Flu fará em casa.

Veremos, portanto, como se portam o Fluminense de Diniz (após largo tempo para treinamentos e frutificação de suas ideias) e da nova gestão que, até aqui, tem caminhado bem. Se houver bons ambientes dentro e fora de campo, certamente teremos renovadas as esperanças para um restante de temporada proveitoso, digno das tradições do Tricolor.

Panorama Tricolor

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