O Fluminense como terapia (por Paulo Rocha)

Nestes difíceis tempos de pandemia, de reclusão, de medo, fica difícil falar de futebol. A constatação de que a humanidade é tão frágil nos tira a serenidade. Contudo, é preciso manter também a mente saudável. Tentar não enlouquecer. Portanto, vamos tentar falar de futebol, ou melhor, de Fluminense, clube do nosso coração.

Uma temporada totalmente atípica. Ninguém poderia prever tais percalços. Os campeonatos pararam e não sabemos quando irão recomeçar. Ou mesmo se irão. No que diz respeito ao Fluminense, sabem o que eu tenho feito? Assistido a DVDs com conquistas passadas, relido livros que possuo sobre o Tricolor…Considero uma boa forma de distração. Recordar coisas boas.

Apesar de atualmente termos que aturar um domínio de nosso grande rival e só podermos sonhar dentro do que a realidade nos permite, fizemos uma campanha até o momento, digna dentro de nossas limitações. Tudo bem, fomos eliminados da Sul-Americana. Mas há quanto tempo não vencíamos Flamengo, Botafogo e Vasco na mesma edição do Carioca?

Eu procuro ser otimista. O Fluminense já me fez viver muita coisa. Seja no Maracanã, nas Laranjeiras – bairro onde passei a maior parte da minha vida – ou em qualquer outro local. As três cores estão no sangue. É momento de lembrar coisas felizes e o Tricolor me proporcionou diversas.

Portanto, ficamos dentro de casa abraçados ao nosso Fluminense, como quem abraça o pai ou a mãe do qual ainda desfruta da presença física. Que nestes tempos difíceis o time que tanto amamos nos areje a mente. Esqueçamos a política do clube. Lembremos de Rivellino, de Assis, de Renato, de Fred e outros heróis. Que o Flu seja nossa terapia neste momento de reclusão.

Panorama Tricolor

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