O Flu sem medo de bicho-papão (por Paulo Rocha)

Na coluna da semana passada, antes da conquista da Taça Rio, escrevi que o título do segundo turno estava nas mãos de Muriel. Acertei nessa, mas errei noutra suposição: disse que não via neste time atual do Fluminense o brilho dos campeões. Contudo, após os dois últimos Fla-Flus, descobri que estava errado. Que satisfação.

A mudança de postura da equipe nos clássicos contra o arquirrival foi surpreendente. Odair Hellmann, a quem duramente critiquei, merece o mérito dessa transformação. O Fluminense foi guerreiro do início ao fim dos confrontos. Jogou de igual para igual com um adversário de recursos técnicos e econômicos atualmente muitíssimo superiores ao nosso. Como diria meu pai, não botou o galho dentro.

Por isso é que, mesmo ciente das dificuldades de reverter um resultado até para termos direito de ir, novamente, à disputa de pênaltis, conclamo nossa torcida para ter fé nessa conquista de Campeonato Carioca, que precisamos tanto. Precisamos muito mais do que o Flamengo. Para nós, seria (e se Deus quiser, será) o primeiro degrau na escalada da nossa reconstrução.

Esse Fluminense que vimos nos dois últimos jogos é o Fluminense que a torcida gosta. O time de guerreiros, que não tem medo de bicho-papão e luta até o fim. Esse troféu tem que ser nosso por tudo que cercou essa decisão. Que cada jogador, mais uma vez, deixe até a alma dentro de campo. É hora de fazer história e dar esse lindo presente à galera tricolor.

Nesta quarta-feira, num Maracanã triste e sem nossa torcida dividindo a arquibancada, a taça de campeão carioca será erguida. Se houver justiça, por mãos tricolores. Para nos dar um pouco de alegria nestes dias tão dolorosamente sofridos. Tenhamos fé. E que venha o tempo de sorrir!

Panorama Tricolor

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