O Flu de Dorival (por Rods)

De novo, um time
De novo, um time

Primeiro passo dado: vitória sobre o Náutico. Era obrigação? Sim. Venceríamos com o Luxa ou com um interino? Provavelmente. Importa? Não. O que importa é que vencemos, saímos do Z4 e voltamos a depender apenas de nós mesmos. Talvez você já tenha lido as crônicas dos meus amigos Walace Cestari e Marcelo Vivone, então tentarei apenas fazer algumas análises diretas do nosso novo técnico e dos jogadores que entraram em campo.

Dorival Júnior: não fez o Fluminense se agigantar. Mas foi muito corajoso e fez o tricolor se comportar novamente como um time. Quando um técnico chega sem tempo de treinar, normalmente ele usa os mesmos jogadores e esquema do técnico anterior. Dorival chegou e mexeu em várias peças. Não chegou a implementar o “arroz com feijão”, mas criou um esquema bem funcional e de fácil entendimento para todos, mesmo com o estranho posicionamento do Digão na lateral esquerda.

Talvez seu maior trunfo tenha sido tirar o peso das costas do time e tê-lo feito jogar sem afobação, de forma serena, sem correr riscos desnecessários. Afinal de contas, o Fluminense não precisava dar um show, precisava apenas dos três pontos.

Agora é esperar para ver como ele armará o Flu contra o São Paulo.

Cavalieri: sem muito trabalho, esteve bem posicionado quando se fez necessário. O lance mais perigoso do Náutico se deu quando Sóbis ajeitou a bola com o peito sem querer para o jovem pernambucano dar um belo chute de virada.

Igor Julião: esteve bem, não comprometeu, mas foi um tanto tímido. Talvez por causa da diretriz de não correr riscos.

Gum: ciente da sua atual limitação e recentes tropeços, tentou fazer apenas o simples. Mas ainda demonstra uma insegurança de iniciante.

Leandro Euzébio: o pior em campo. Tentou com todas as suas forças entregar alguma bola para o Náutico, mas por sorte seus jogadores tropeçavam em suas próprias pernas.

Digão: ficou focado em cumprir a missão proposta e conseguiu. Foi ao ataque apenas uma vez no primeiro tempo e diante do insucesso, não mais tentou. Na marcação, levou apenas uma bola nas costas que conseguiu recuperar. De tanta vontade de jogar, chegou a peitar o Dorival e se recusou a sair no meio do segundo tempo.

Willian: não comprometeu, mas também não chegou a ser testado de verdade. Continua mostrando potencial, mas precisa ser preparado e, talvez, receber fortalecimento muscular.

Jean: talvez a sua melhor partida do ano. Não fez grandes jogadas ou incríveis roubadas de bola, mas não errou passes e nem seu posicionamento.

Wagner: pecou em alguns passes decisivos, mas correu e esteve muito bem. Com uma bela pancada de canhota abriu o placar e ainda fez com Samuel a jogada que terminou no segundo gol. Progrediu bastante.

Rhayner: competiu com Leandro Euzébio pelo título de pior em campo. Não produziu, perdeu bolas bobas e apanhou. Desviou com a cabeça uma bola perigosa, mas tudo o que conseguiu foi assustar Ricardo Berna.

Marcos Júnior: bastante acionado, mas um tanto perdido quando percebia que não tinha ninguém à sua esquerda. Deu o passe para o primeiro gol e estava crescendo no jogo quando sofreu aquela falta que acabou resultando na contusão.

Sóbis: definitivamente ele precisa aprender a bater falta. Quase surpreendeu ao chutar uma por baixo da barreira, mas em outras oportunidades só deu barreira ou linha de fundo. Não foi o guerreiro de sempre, mas fez boas jogadas.

Samuel: quando todos pensavam que entraria Biro Biro no lugar do Marcos Júnior, Samuel foi colocado em campo para fazer seu melhor jogo do ano. Correu, se apresentou, procurou jogada e se aplicou como há muito não fazia. Mandou uma linda bola de costas para Wagner e no rebote da jogada foi coroado com o gol.

Felipe: entrou no lugar de Wagner e deu calma ao time. Com a vitória nas mãos, deixou o jogo mais cadenciado e sem riscos para o Fluminense.

Rafinha: Digão fincou o pé e por pouco o Rafinha não entra em campo. Acabou substituindo o inoperante Rhayner e exerceu a função de meia-atacante. Entrou bem e participou de algumas jogadas rápidas. Em uma dividida, sofreu a entrada desleal que acabou na expulsão do zagueiro pernambucano.

Conseguimos levar o jogo em banho-maria e ganhar certa tranquilidade para enfrentar um provável time misto do São Paulo. Não foi de encher os olhos, mas agradou aos 30 mil guerreiros que foram ao Maracanã. Os 50 mil que queríamos provavelmente se farão presentes no domingo. Que assim seja!

ST!

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @Rods_C

Foto: Nelson Perez / Fluminense F.C.

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