O Fla-Flu do samba (da Redação)

 

cartola e joão nogueira 1977

No ano de 1977, o grande compositor Cartola, um símbolo do Fluminense, vivia o auge do sucesso de sua carreira de cantor, lançada com dois LPs primorosos pela gravadora Marcus Pereira, em 1974 e 76. Já o sambista rubro-negro João Nogueira se firmava como uma das principais vozes do samba, com quatro discos lançados – o primeiro em 1972 – e composições de sucesso gravadas por Elizeth Cardoso, Elza Soares e Clara Nunes. A união dos dois craques numa das caravanas que abriam primeiro ano do Projeto Pixinguinha (que objetivava divulgar a música brasileira levando seus grandes artistas a várias cidades brasileiras) era certeza não só de sucesso, como de uma aula de samba.

Dirigido pelo produtor e jornalista (tricolorzaço) Arthur Laranjeira, o espetáculo estreou no Rio de Janeiro e depois percorreu São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Belo Horizonte e Brasília, durante os meses de setembro e outubro de 1977.

Segundo os arquivos do Projeto, um total de 19.348 espectadores aplaudiu o show, que era aberto por João Nogueira, com Nó na Madeira (de João e Eugênio Monteiro), que comandava a primeira parte do roteiro. Na segunda metade, Cartola iniciava sua participação com Alvorada (dele com Carlos Cachaça e Hermínio Bello de Carvalho) e depois cantava sucessos como As Rosas não Falam, O Mundo é um Moinho e Peito Vazio (dele com Elton Medeiros), lançados no ano anterior.

cartola e joão nogueira ao vivo

Neste domingo tem Fla-Flu no Maracanã. Tomara que no campo se possa ver jogadas que cheguem aos pês das articuladas pelos dois gigantes do samba que, literalmente, levaram o maior clássico do nosso futebol pelos palcos do Brasil.

Para ouvir ao vivo os registros dessa turnê, acesse Cartola e João Nogueira no Projeto Pixinguinha

Panorama Tricolor

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