O favoritismo em tempos de pandemia (por Eliane Gonçalves)

O favoritismo do Flamengo na final da Taça Rio era praticamente indiscutível. O Fluminense não vinha vencendo nos últimos jogos em tempos de retorno e o rival era o amplo favorito. Mas o que aconteceu no empate de ontem no tempo normal, com a vitória do Tricolor nos pênaltis?

O retorno do Flamengo no final de maio foi de muita discussão, inclusive com flagrante pela mídia. No momento que o Brasil iniciava a curva ascendente em decorrência da Covid-19 chegando aos 20 mil mortos, o Rubro-negro retornou aos seus treinos com apoio dos jogadores, porém não bem visto pela sociedade, sendo visto como falta de sensibilidade pelo momento em que passamos.

O Fluminense retornou no início de maio com seus treinos virtuais, onde ocorreu uma reunião técnica com os jogadores, em que a comissão enviou os treinos individualizados e os atletas atenderam a solicitação por compreender o momento de não poder ser presencial, além do risco do destreino decorrente do isolamento.

O Flamengo retornou seus treinamentos praticamente 20 dias depois do Fluminense o que significa aproximadamente nove semanas de perda do nível do condicionamento físico dos jogadores.

Essa diferença explica o jogo de igual para igual, com o Fluminense atacando bastante, principalmente no primeiro tempo. Por exemplo, Muriel estar numa boa forma física e, no momento que é mais psicológico que físico, o dos pênaltis, o Fluminense se mostrou mais centrado, tranquilo e com condição física de uma final de campeonato.

O favoritismo nesse momento pode ser equivocado se levarmos em consideração o momento anterior à pandemia. Sendo assim, o Fluminense poderá crescer até o final do ano, pois chegou primeiro de forma correta, se preocupando com o treinamento e um trabalho conciso com o momento que vivemos.

Muitas surpresas estão por vir em todos os campeonatos e o Carioca não será diferente, muito menos a Taça Rio em que fomos campeões.

Panorama Tricolor

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