O encanto tricolor (por Paulo Rocha)

Concordo que o placar final foi um tanto exagerado. Mas a diferença técnica entre as equipes o justifica. O time do Cruzeiro é muito fraco, mas que o Fluminense está num momento especial ninguém pode negar. E os 3 a 0 ficaram de bom tamanho. Vamos em frente na Copa do Brasil, com o mesmo embalo do Brasileirão.

A indignação dos rivais nas redes sociais chega a ser engraçada. Como pode um clube sem dinheiro possuir uma equipe que pratica o mais vistoso futebol do Brasil na atualidade? Ter um técnico que merece elogios da crítica especializada após cada vitória?

Pois é, não adianta inveja, fascismo, o caralho que for. O Flu de Fernando Diniz é a grande atração do futebol brasileiro no momento. Não sei se será campeão mais uma vez neste ano, mas mostra reunir condições para tal. Amplas condições.
Voltando ao Mineirão, foi uma prova de maturidade. O estádio lotado, o adversário metendo a porrada, o técnico dos caras (uruguaio) pressionando a arbitragem… Um cenário pra lá de hostil, mas que não intimidou o Fluminense em momento algum.

Por falar em arbitragem o momento do time é tão bom que, nas duas últimas partidas, conseguiu até ganhar com Luiz Flávio de Oliveira e Raphael Clauss no apito. Quando esses dois trabalhavam em nossos jogos, era ruim até de empatarmos.

O coletivo é a grande estrela, mas há também relevantes destaques individuais. O que estão jogando Arias e Cano não é brincadeira. Coadjuvados de forma eficiente pelos companheiros – mesmo os que entram durante as partidas -, eles têm feito a diferença.

É como se o Fluminense, nestes últimos jogos, tive sido abençoado por uma forma de encantamento, uma magia que conduz às vitórias. A torcida tricolor sente isso e se anima: podemos ser campeões mais uma vez neste ano. Apesar da inveja e do despeito que temos provocado nos pobres de espírito.