O bônus da sorte (por Paulo Rocha)

PAULO ROCHA

Não há dúvida de que o Fluminense é outro sob o comando de Levir Culpi. Além de ter arrumado a casa – o time passou o mês de março sem conhecer nenhuma derrota –, o treinador parece ter trazido a sorte de volta às Laranjeiras. E quem conhece a história do nosso clube sabe que a sorte sempre foi um ingrediente vital para nossas conquistas.

Isso já ficou claro no clássico com o Botafogo, quando empatamos no que os antigos locutores de rádio chamariam de “apagar das luzes”. Teve continuidade na disputa de pênaltis contra o Internacional, que nos levou à decisão da Primeira Liga. E na vitória de 1 a 0 sobre o Bangu, com a qual alçamos a vice-liderança da Taça GB, ela mais uma vez se fez presente.

Contra o limitado, porém valente, time banguense, o Fluminense não jogou bem. Teve dificuldade com a forte marcação adversária, com o campo, com a luz e com a própria falta de inspiração. As mexidas que Levir Culpi fez no intervalo nos garantiram o suado triunfo – principalmente a entrada de Marcos Júnior, que se redimiu de recentes más atuações ao fazer a jogada que decidiu a partida.

Mas não foi apenas no fato de o defensor do Bangu ter feito gol contra que a sorte se fez presente. Em duas outras ocasiões ela foi fundamental; primeiro na falta cobrada por Almir em que tocou a bola beijou a rede pelo lado de fora; depois, quando o garoto Carlinhos recebeu nas costas de Wellington Silva e, cara a cara c om Diego Cavalieri, chutou bisonhamente sem levar perigo à nossa meta.

Pois bem, todo torcedor do Fluminense sabe que, quando a sorte nos começa a sorrir, coisas boas (leia-se títulos) estão a caminho. Contudo, a fortuna costuma acompanhar somente àqueles que possuem competência, coisa que voltamos a demonstrar desde que Levir Culpi assumiu o comando da equipe. Aliás, Levir tem um livro publicado que é jocosamente intitulado “Burro com Sorte”. Para mim, nosso treinador é competente com sorte, isso sim.

Para finalizar, fiquei satisfeito ao saber que a final da Primeira Liga, contra o Atlético-PR, será disputada em Juiz de Fora. Independentemente de dia e horário, nossa torcida tem a obrigação de colorir a BR 040 de verde, branco e grená e transformar o Estádio Municipal Radialista Mário Helênio em um autêntico caldeirão tricolor. A atmosfera precisa ser similar à que encontraríamos na Arena da Baixada, só que a nosso favor. E que cantemos sem parar: “Dá-lhe, dá-lhe, dá-lhe Nense, seremos campeões!”

Panorama Tricolor

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