A milonga do Fluzão (por TTP)

Quem assiste a um jogo do Fluminense há tempos pode fazer um programa de mesa redonda, deixando gravado para as próximas partidas. É só pontuar os problemas, os erros, sem citar nomes de jogadores, que o texto final sempre será o mesmo: futebol sofrível com um e outro resultado positivo conseguido através de um gol aleatório.

Bom, se nem mesmo Abel sabe quem levar a campo, e quando leva, escala errado, quem somos nós para tentar prever algo?

Nos resta apenas repetir como um mantra o mesmo discurso a cada partida, que será rebatido com o mesmo discurso do lado de lá.

Fica elas por elas, como diria o outro.

Eu já nem me apoquento mais, como diria o Barão de Itararé: de onde menos se espera é que não vem nada mesmo.

Mesmo assim, de trancos e barrancos, sem eira nem beira, um tanto aqui outro acolá, vive o torcedor tricolor a sonhar com taças, troféus e medalhas.

Será que um dia esse time passa de Pato a Ganso? Ou será que a emenda ainda fica pior que o soneto?

Ah, mas eu já estou velho para essas coisas. Estou com 50 anos a mais do que a idade de sonhar, mas com 50 a menos que a idade de desistir. Penso, logo insisto.

Se você leu até aqui e pouco entendeu, quem dirá eu? Põe na conta do Abel.
Sábado é Inter, grená, maragato e ximango.

Que o Flu não me venha com farrapos, mas que a milonga estique uma vaneira, e que ao menos o futebol não esqueça nem hora e nem local.