Começando novembro, meu mês. O Fluminense poderia ter iniciado esse mês numa bela sexta posição e acima do Botafogo, na tabela do Brasileirão.
Mas, não! O Flu foi a Fortaleza enfrentar o Vozão pela segunda vez em cinco dias. Dessa vez, como se estivesse aprendendo a jogar bola na várzea.
Num jogo muito abaixo da média, onde nada funcionou, parece ficar explícito o péssimo momento da equipe, além da pequena capacidade que o técnico tem de reverter situações.
E nesse início de novembro, para não ficar com esse horrendo Fluminense na memória, recordei-me de um dia e uma época sobre a qual já escrevi, mas que foram extremamente importantes na minha história tricolor.  
Era 4 de novembro de 2012 e começava a 34ª rodada do Brasileirão daquele ano. O Fluminense liderava o Brasileirão desde a rodada 22, Fred voava em campo e a torcida tricolor já sentia o gosto do tetra.
Fui naquele 4 de novembro, pela primeira vez, ao Morumbi. Isso mesmo, o campo são-paulino ainda não era de chocolate, ainda não era Morumbis.
Estávamos em meia dúzia de amigos e a torcida tricolor comparecia em número considerável.
Não foi um jogão de bola, o que não significa dizer que as equipes não se esforçaram muito para garantir três pontos. Foram aguerridas e incisivas.
Fred e Luis Fabiano disputavam, por coincidência, a artilharia do campeonato. A briga era bonita e saudável, a bola para o nosso Diego Cavalieri, deu um toque tosco de tornozelo, creiam, que não chegou ao goleiro e permitiu que Luís Fabiano e seu tino para gol, interceptasse a bola, driblado o goleiro e abrisse o placar para os donos da casa.
Quinze minutos depois, o anfitrião nos deu um presente. O zagueiro Toloi tentou segurar a bola na defesa e não teve muito êxito. Samuel, nosso garoto que fazia uma bela temporada, roubou a bola mal guardada por Toloi, cruzou para Fred que, voando baixo, empatou o jogo.
Após os gols, os times, envolvidos pelas torcidas presentes, passaram a jogar com mais consistência e disposição. O jogo melhorou e aquele Fluminense bem-posicionadol de ver esse momento maravilhoso. Após o jogo, fomos jantar numa cantina italiana da maravilhosa São Paulo.
O jantar e o vinho já eram comemorativos do possível título e ali mesmo eu já colocava a minha faixa de campeã.
Só para deixar saudade, naquele jogo o Fluminense botou em campo: Diego Cavalieri, Bruno, Gum, Leandro Euzébio, Carlinhos, Edinho, Jean, Thiago Neves (Higor), Wellington Nem (Diguinho), Sobis (Samuel), e Fred. Nosso treinador, Abel Braga.
O Fluminense tinha um time com alguns jogadores limitados, é verdade. Mas havia um pragmatismo assustador. Perder não era opção para aquele grupo e aquele treinador.
Deu saudade…



