O que sobrou do velho Maraca (por Paulo-Roberto Andel)

DOWNLOAD GRÁTIS DOS LIVROS “PEQUENOS RELATOS DA OPRESSÃO URBANA” E “COPACABANA CITY BLUES” – CLIQUE AQUI.

1

Incrível constatar o que fizeram com o Maracanã, condenando-o à inviabilidade. Nem nos piores momentos esportivos de minha infância e juventude, poderia imaginar que, um dia, eu só iria lá de vez em quando, já que futebol não é mais a prioridade do outrora imortal estádio.

Em nome da ganância e da roubalheira, puseram o Maracanã abaixo, tornaram dois bilhões de reais do bolso do contribuinte, fizeram a farra e, agora, o torcedor é que paga a conta. Descaracterizado, sem alma, sem novas histórias de glória, caríssimo para abrir, divorciado da torcida popular que sempre o prestigiou, o Maraca virou um trambolhão, um alienígena em seu próprio território. Há anos que se conta nos dedos os momentos brilhantes por lá. Uma geração de novos torcedores já não o tem como referência. Some-se isso à violência, os horários estapafúrdios, os regulamentos bizarros e… ninguém vai.

Depois de meses, o Flu volta a fazer uma partida no Maracanã. Encara o Nova Iguaçu neste domingo à noite e, claro, jogará para quase ninguém no Cariocão destroçado. Para piorar, na próxima semana temos o jogo decisivo contra o Avaí, pela Copa do Brasil, precisando vencer. Pela lógica, o Flu deve jogar domingo com desfalques, jogadores poupados, isso se não for o time todo.

A cada dia que passa, a reforma das Laranjeiras se faz mais urgente. E o querido Maracanã que tanto amei (passei sete anos ao lado dele diariamente como aluno da UERJ) vai se tornando cada vez mais uma lembrança, um passado que já não volta. Triste demais esta situação.

2

Toda força e a torcida, Young Flu. A arquibancada e a história agradecem.

3

Para os fãs do jazz, uma programação imperdível neste março: o baterista tricolorzaço Roberto Rutigliano toca com outras feras do gênero no bar do hotel Mama Shelter, nos dias 15, 22 e 29 de março, quintas-feiras, a partir das 20 horas, num tributo ao genial Charlie Parker. O bar é sensacional, os preços são acessíveis, a entrada é franca e o jazz é de primeira.

O hotel Mama Shelter fica na rua Pascoal Carlos Magno, 5, em Santa Teresa, a 150 metros do tradicional Bar do Mineiro.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @pauloandel

#JuntosPeloFlu

Imagem: rap