Mais do mesmo no Flu (por Manoel Stone)

Essa parada deixou o calendário na minha cabeça meio atrapalhado e sem noção dos dias da semana. O assunto é mais ou menos o mesmo das anteriores. O tema que tem dominado minha cabeça é o elenco, sua formação e o manuseio que é feito das peças que o compõem.

É público e notório que montamos um elenco sem pé nem cabeça, com peças que não se encaixam, com peças que não têm a menor condição de estar nele, e o pior é não se dá a menor explicação sobre os erros crassos que são cometidos.

A maioria das contratações já são um fracasso antes de serem concretizadas, e nenhuma surpreendeu, todas as barangas confirmaram o que se achava delas. E assim estamos com um amontoado de jogadores ruins, velhos, caros e que, além de não terem condições de jogar no Fluminense, não fazem parte do quebra cabeças que se montado direitinho seria o necessário para ter um time minimamente viável, mas muitas peças não são desse quadro, logo não dá para montar nada.

Tenho que dizer que o time titular teve jornadas muito boas, mas a cada peça que sai a equipe cai vertiginosamente, e tudo por culpa das escolhas bizarras na montagem do elenco.

Vou voltar ao meu mote principal, que é a falta de trabalho com os moleques de Xerém. O Diniz perde tempo e trabalho com os semi aposentados querendo os recuperar, a pergunta que faço é: para quê? Se ele os deixar no melhor que podem chegar, vamos ter um jogador velho, sem condições físico-técnicas de competir com jogadores mais jovens, pois falta musculatura forte, mobilidade, agilidade, e condições de correr em campo sem perder a corrida até para o árbitro, e não aguentar ficar no campo mais do que 60 a 65 minutos, sem falar no índice de contusões normais que vem com o envelhecimento.

Diniz tinha à disposição vários garotos oriundos da base e os desprezou, liberou muitos para ir embora e outros ficam nessa de no máximo conseguir esquentar o banco de reservas, o que já é prêmio. Acredito que, se o tempo perdido com a velharada tivesse sido dispendido trabalhando os moleques, já poderia ter encontrado outro Alexsander, e talvez até já o tenha no grupo, mas por política do Clube a preferência é sempre dos velhos contratados com salários sempre e coincidentemente bem altos.

O caso é que, se o cenário é de não ganhar nada, isso poderia ser feito gastando bem menos usando o máximo possível de moleques da base, e aí sim, trabalhar corretamente, pagando o FGTS dos jogadores e funcionários, também os acordos trabalhistas que têm gerado inúmeras queixas na Justiça e saindo muito mais caro do que a “esperteza” de não cumprir os acordos, para depois não realizar os pagamentos devidos, se não vai pagar por que faz os acordos? E assim as CND’s já foram para o espaço, o que nos deixa novamente nas mãos do Clube de Remo no caso Maracanã.

Alguém explica as contratações de Alan, Diogo Barbosa, Alexandre, Zé Zuis, Thiago Santos, Guga, Jorge, Pirani, Geovani, Vitor Eudes, Bigode (ainda pagamos o salário dele) e, para completar um time, vai Marrony que sangrou as finanças do Clube até ontem?

Como falei acima, se é para ter resultados e campanhas pífias os moleques seriam suficientes, assim como foram para jogar lá em cima do morro na Bolívia, e com todas as improvisações: falta de esquema, treinamento e tudo o mais envolvido. Bem treinado, a coisa poderia ser bem melhor cá embaixo. E o que mais me deixa irritado é que tudo isso vem sendo feito com a subserviência do Diniz, que, de técnico aclamado nos estádios e fora dele, está pagando pelos desmandos da direção do Clube, e o nome que vai primeiro para a lama é dele. Se duvidar, poderá ir sozinho como o bode expiatório de todas essas patacoadas que vêm acontecendo no Clube.

Estou preparado para o que vem por aí.