Lembranças de um adolescente tricolor (por MV Scarlecio)

Prezado(a) leitor(a),

Em breve meu garoto, o mais constante parceiro de jornadas futebolísticas, entrará na adolescência.

Observando meu filho como torcedor, volto ao passado e lembro de como um adolescente respirava futebol lá pelos anos 1990.

Hoje, tudo está à mão graças ou por culpa da mídia televisiva e pela internet. As informações, até as mais irrelevantes, são atualizadas em instantes. As opiniões de “entendidos” proliferam e muitas vezes patrocinadas.

Quando este humilde escritor tinha 13 anos, notícia do Fluminense era no rádio, ou na televisão aberta, ou no jornal ou ainda, para os mais fanáticos, uma visita ao clube fazia-se obrigatória. Havia uma certa imparcialidade nas resenhas esportivas, nas noites de domingo.

Os ídolos hoje são moldados nas redes sociais, na aparência. Na minha época tudo era mais espontâneo, não tinha assessoria de imprensa. Até dos “mascarados” tínhamos certo crédito e admiração, desde que jogassem direito.

No meu tempo, jogo ao vivo era no estádio e você se programava psicologicamente para se desligar do mundo por pelo menos cinco horas, fazendo questão de ir e voltar à pé. Hoje, cinco minutos antes de o jogo começar, você senta em frente à TV na maior comodidade.

As camisas eram mais bonitas e eram “limpas”. Atualmente cada empresa de material esportivo tem um padrão e só muda a cor das camisas de seus patrocinados. E mais parecem macacões de piloto de corrida.

A vida ficou mais previsível, mais pasteurizada. O estar, efêmero, prevalece em relação ao ser, duradouro.

Posso me considerar saudosista, e sou saudosista mesmo!

Quem manda ter visto o verdadeiro futebol brasileiro, e não o que se joga atualmente nestas terras…

Não sei o que o meu neto verá quando a sua adolescência chegar, mas de uma coisa tenho certeza: de que tricolor será!

Saudações
Sempre
Tricolores

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

#credibilidade