LDU x Flu: o jogo da ignorância (por T. T. Paixão)

A primeira partida da final da Copa Rebobó foi o jogo da ignorância. Ignorância no sentido de ignorar os fatos, a realidade ou qualquer coisa que está ali na frente da sua cara.

O juiz ignorou um pênalti cometido em Cano na primeira etapa, mesmo com o chamado do VAR. Este mesmo apitador ignorou pênalti cometido por Felipe Melo, na segunda etapa.

Então o Piti-bul durante a entrevista coletiva acusou a imprensa de ignorar a altitude, a arbitragem, as famílias, etecetera e tal.

Tudo na base da maior ignorância. Ignorância no sentido de agir com grosseria, incivilmente, sabe?

Algum desavisado poderia até acreditar que justo nosso Piti-bul age assim com as entranhas, pelos bofes, enfim. Pelo menos ele não perdeu a linha, e ignorou o fato de que o juiz também não marcou a penalidade que ele cometeu.

Eu vou ignorar as ofensas dos leitores mais incisivos. E assim, seguimos todos, ignorantes aos fatos e aos outros.

“Melhor em campo foi o Marcelo, que não conprometeu”.

Santa ignorância.

Um pena que o VAR não ignorou o pé de Marlon.

Mas, deixando o brucuturismo de lado, algo que não posso ignorar é que tem Fla-Flu. E clássico é clássico e vice-versa. Difícil para um, difícil para o outro. Um ganha e outro perde, se não houver empate. Decisão atrás de decisão.

Não sei se levamos a Taça Guanabara, porque nós mesmos nos complicamos no torneio, mas a Rebobó é nossa. Anota aí e me cobre.

Como diria um saudoso Leonel, o título já está costeando o alambrado. Em se tratando de títulos, o Flu é vezeiro.

Só não sabe disso quem ignora nossa história.