Justiça para o Fluminense (por T. T. Paixão)

Nunca a expressão “justiça seja feita” foi tão bem aplicada como no título tricolor na Copa do Rebobó, diante da famigerada LDU.

Justiça seja feita ao título que nos foi roubado em 2008.

Justiça seja feita à falta de sorte dos Guerreiros de 2009.

Justiça seja feita ao futebol, já que uma equipe optou por não praticar o esporte, preferindo ficar 90 minutos fazendo a famosa cera e acabando punida no minuto final.

Vamos ser justos. Ninguém, ninguém mesmo apostava que Thiago Santos estivesse dando conta do recado de substituir Nino (desconfio que nem ele mesmo), quando outros zagueiros vêm dando um show de incompetência.

Aliás, se lhes interessa, hoje minha zaga seria Antônio Carlos e Thiago Santos.

Em contrapartida, não sejamos injustos com JK por causa da expulsão. Ele errou? Errou. Mas já passou poucas e boas dentro do clube, e foi quem deu o título da Libertadores ao Tricolor. Sem exagero.
Justiça é admitir que Diogo Barbosa dá muito mais cadência ao timo que Marcelo, mesmo sendo infinitamente abaixo tecnicamente.

É justo dizer que Cano está numa fase horrenda. Assim como é justo dizer que o novo visual capilar de Samuca Xavier ficou uma porcaria. Ainda bem que ao menos não atrapalhou na hora da assistência formidável no primeiro gol.

“A justiça é cega, surda e muda, meu bem”, diria o Zanzibar.

Em tempos onde o torcedor se deslumbra porque um jogador não bateu o pênalti, eu sei lá se entendo de alguma coisa.

“Ah lá vai ele implicar com o Marcelo de novo…”

Direito meu, caríssimos.

Tem gente que implica com Keno, outros com o Pití-bul, outros com Fábio e até há quem implique com Martinelli.

Meu escolhido é o Marcelo.

Mas sem mágoa nenhuma.

Na hora em que ele der um tapinha de três dedos ou uma caneta, vou achar legal pra caramba. Mas eu ainda prefiro uma simples objetividade.

Bom, cada um é cada um, diria a minha avó que era muda.

Abraços.

Foto: @p.r.andel