De frente pro Colorado (por CH Barros)

A grande virada do Fluminense sobre o Vila Nova, praticamente na bacia das almas, salvou a semana tricolor, que poderia ter sido motivo de muito estresse caso os três gols marcados por PH Ganso, Germán Cano e Fred não viessem. Fizemos um jogo claramente abatido e seguido de uma vitória também recheada de sofrimento, contra o Cuiabá – conquistada graças a um gol contra, é bom lembrar.

Na coluna anterior, falei sobre os sustos desnecessários que o Flu teima em dar na sua torcida. Ok, realmente, tanto a emoção quanto as vitórias inesperadas em determinados jogos sempre fizeram parte de nosso repertório, a exemplo do inesquecível Fla-Flu de 1995 – em que calamos a boca de todos – e do 5 a 4 contra o Grêmio, em sua arena, no Rio Grande do Sul, em 2019. A questão, no entanto, é que a torcida está precisando de paz, vitórias tranquilas, que não arranquem as noites de sono.

A torcida não quer levar sufoco de um time como o Vila Nova – com o imenso respeito à tradicional equipe goiana – em pleno Maracanã. Poderíamos ter obtido uma vantagem melhor, de dois gols, sem se preocupar tanto com a segunda partida. Daí, fico pensando: como será nos demais jogos da Sul Americana, onde têm times mais fortes que o Vila? E o Campeonato Brasileiro, que ainda está todo pela frente? O Internacional, nosso próximo adversário, virá sob a nova direção de Mano Menezes, velho conhecido do futebol, e a atenção precisa ser total. Estaremos em nossos domínios, portanto, não podemos abrir qualquer brecha para eles. É vencer ou vencer.

Que o Fluminense saiba iniciar melhor seus jogos e não causar tantos sofrimentos indevidos. Afinal, não será sempre que conseguiremos virar um placar de 2×0, sobretudo com times mais qualificados que o Vila. Prudência, garra e serenidade, sempre. Esse é o caminho para o nosso hino tocar mais uma vez neste ano celebrando um novo título – ou novos títulos. Oxalá!