Internacional 2 x 1 Fluminense: atuações (por Mauro Jácome)

O Internacional começou na garganta do Fluminense. D’Alessandro distribuía com liberdade. Após os 10’, o jogo ficou equilibrado e o Fluminense descobriu o lado esquerdo para atacar. Yony e Nenê obrigaram Lomba a se virar com duas boas defesas. O Internacional dava espaços na intermediária e o Fluminense chegava à frente. No momento em que o jogo estava equilibrado, Paolo Guerrero saiu da área, recebeu e arriscou de longe. Muriel bobeou e soltou a bola nos pés de Pottker. O Fluminense sentiu o gol. Daniel perdeu um bola dominada e quase saiu o segundo. Mas não demorou. Num escanteio, a bola bate no cotovelo de Cuesta e sobra para Pottker, que aproveitou a demora de Muriel para abafar e colocou para dentro. Contrariando a regra (bola no braço em gol, independentemente da intenção, é irregular) o árbitro validou o gol. Na realidade, o Fluminense começou mal, equilibrou e desmoronou depois do primeiro gol.

O segundo tempo começou equilibrado. Nenê continuava atrapalhando as jogadas no campo de ataque. Marcão resolveu repensar a formação e mandou Lucão e Wellington Nem para o campo nos lugares de Nenê e Yuri. Sete minuto depois das substituições, Yony rouba uma bola e lança Nem. O atacante entortou Rodrigo Moledo e marcou um golaço. O Fluminense foi para cima, mas, sem organização, não conseguiu colocar a bola em condições de conclusão.

MURIEL

Um dos responsáveis pela derrota. Falhou no primeiro gol, ao soltar bola fácil nos pés de Pottker. No segundo, o lance era mais difícil, mas não saiu para abafar, foi todo errado na bola e facilitou a conclusão de Pottker. Salvou o terceiro num chute de Edenilson.

GILBERTO

Quem caiu pelo seu lado teve todo o espaço para dominar, pensar e definir a jogada. O primeiro gol foi assim: Guerrero chutou sem nenhuma dificuldade. Na frente, errou tudo.

DIGÃO

Ficou mais exposto porque Yuri tinha que se adiantar para conter os avanços de D’Alessandro. No segundo gol, marcou Cuesta por trás e permitiu o zagueiro colorado levar vantagem.

NINO

Não teve vida fácil com os espaços dados pelo Gilberto. Travou duelo com Guerrero, ganhou algumas e perdeu outras.

CAIO HENRIQUE

No primeiro tempo, foi envolvido quando o Internacional colocou dois pelo seu lado. Teve menos trabalho no segundo tempo até a entrada do Nico López. Na frente, não tentou se infiltrar. Chegava na intermediária e tocava para o lado ou chuveirava.

YURI

Saiu muito para conter as arrancadas de D’Alessandro e deixou a zaga descoberta. A invenção do Marcão desestabilizou o sistema de marcação.

LUCÃO

Correu feito tonto atrás da bola. Nada de útil.

ALLAN

Ficou sobrecarregado quando Nenê e Marcos Paulo não acompanhavam a linha da bola nas transições do Colorado.

DANIEL

Sentiu a falta de Ganso e não teve papel importante nas transições. Melhorou no segundo tempo quando ficou mais centralizado na intermediária.

NENÊ

Movimentou-se para receber, mas tomou decisões erradas e desperdiçou bons contra-ataques. Quando o Internacional recuperava a posse de bola e não acompanhava o meio-campo adversário, principalmente D’Alessandro, o gol de Muriel ficava em perigo. Não pode ser titular.

WELLINTGON NEM

Ao contrário de Nenê, foi para cima dos defensores do Internacional. Marcou um golaço.

MARCOS PAULO

Não fez uma boa partida. Não se entendeu com Nenê e ficou sem função em campo.

GUILHERME

Entrou para ajudar Daniel a fazer a ligação entre o meio-campo e os atacantes. Não cumpriu o dever. Não acrescenta nada quando entra.

YONY GONZÁLEZ

Um chute no primeiro tempo e, depois, apanhou da bola.

MARCÃO

Inexplicavelmente, trocou Ganso por Nenê. A alteração teve duas consequências que desestabilizaram o sistema de marcação: criou um espaço à frente de Allan e Yuri porque, ao contrário do que fazia o Ganso, Nenê não acompanhava a transição do Internacional; deslocou Daniel para uma zona morta do campo. Apesar do gol de Wellington Nem, as substituições não deram organização para criar as oportunidades e tentar um empate ou uma virada. Guilherme e Lucão não eram as peças para melhorar o padrão de um time que precisava bater um dos melhores mandantes do campeonato.

Panorama Tricolor

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