Haja o que houver

Fala dali, noticia de lá, Conca tem uma proposta irrecusável e Fred pode também rumar para a China.

Caminhos diferentes, pois.

O argentino, de guerreiro implacável ddos 38 jogos do tri brasileiro com o joelho machucado, passou a “mercenário” e “traidor”.

O mineiro, que já havia sinalizado a vonta de sair antes da desastrada Copa 2014, ainda conta com a benevolência de parte da torcida.

Os dois foram peças fundamentais juntos em 2009. Conca brilhou em 2010, Fred em 2012.

Conca sempre preferiu o silêncio midiático, ao contrário do camisa 9.

Fred é o artilheiro valorizado pelo que fez, sem dúvida, ainda que a história não se faça com excesso de hipérboles. Para seus fãs, é o ídolo perfeito, sem defeitos. Maior marcador de gols do Flu em décadas, também é o que mais bateu pênaltis e tem uma média de gols por partida bem mais baixa do que a de artilheiros do passado.

Conca é o batalhador permanente, para quem não há jogo perdido. Disputa todas as bolas, acredita em todos os lances. Tem contra si a saída silênciosa em 2011 e, caso se confirme, a nova volta à China, de onde quase fugiu para as Laranjeiras. Alguns entendem que é instabilidade emocional ou excesso de cobiça.

Os dois em forma, espiando assim, constituem uma fantástica dupla.

Respeitando o clube, atuando com vontade, jamais seriam ou serão criticados.

Parece que a saída é inevitável e, por isso, um desastre do ponto de vista da admiração dos pequenos torcedores.

Contudo, é bom que se diga: Castilho um dia saiu, Telê também, Edinho, Paulo Victor, Assis, Renato Gaúcho, todos um dia, de melhor ou pior jeito, disseram o adeus. Preguinho também. Por isso, ninguém mais vai amputar um dedo para entrar em campo, aforgar-se em lágrimas com o fim do contrato ou pegar dinheiro do bolso para pagar salários atrasados de funcionários do clube e jogadores. Ou recusar-se a receber salário.

Qualquer um pode dizer. Os jogadores são fundamentais, mas a razão mater é o Fluminense.

@pauloandel