Goiás 2 x 2 Fluminense (por Marcelo Savioli)

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Amigos, amigas, nada está tão ruim que não possa piorar. Com cinco desfalques contabilizados para a partida de hoje em Goiânia, ainda a eles se somou o de Paulo Henrique Ganso. Eu só espero que tenha sido o último degrau da escadaria do calvário. Ou, talvez, tenha sido esse a contusão de Nino, na véspera de embarcar para os amistosos da Seleção Brasileira. Felizmente, André, também convocado, sobreviveu à urucubaca.

Para piorar a situação, Martinelli parece ter sentido as vaias recebidas recentemente no Maracanã e viveu uma noite de horrores, errando lances capitais, inclusive o que originou o primeiro gol do Goiás. Pior do que a atuação de Martinelli, que, pelo menos, dava algum equilíbrio ao meio de campo, só sua substituição por Keno, um atacante, sem ritmo de jogo, quando o Fluminense vencia por 2 a 1.

Com a saída de Nino, lesionado, ainda com o 2 a 1 no placar, entrou David Braz, mas, como já dito, nada está tão ruim que não possa piorar. Diniz tirou Cano para colocar, a título de recompor o meio, Thiago Santos, mas não pensem que o show de horrores acaba aqui. Já nem sei se estou seguindo a cronologia, mas isso importa menos. Pirani, improvisado na lateral-esquerda, que fazia, no máximo, uma partida razoavelmente honesta, também se machuca. Diniz, para nosso deleite, saca Alexandre Jesus do banco, o mesmo que era atacante, mas não vingou, passou a treinar como lateral-direito e acabou entrando na lateral-esquerda.

Diante desse furdúncio, desse trem fantasma, dessa cópia mal feita do monstro do Dr. Frankenstein, o Fluminense sucumbiu em campo, numa partida em que, apesar de todos os desfalques, a vitória nos sorria já desde o primeiro minuto, quando a defesa do Goiás falhou em uma cobrança de lateral, deixando Lelê livre para cruzar rasante na pequena área, proporcionando a Cano se reencontrar com as malhas inimigas.

Com o jogo todo desenhado para uma vitória tranquila, apesar dos cinco desfalques (Marcelo, Alexsander, Felipe Melo, Samuel Xavier e Ganso), coisa comum em tempos recentes, o Fluminense desperdiçou as oportunidades de ampliar. Acabou traído pela falha de Martinelli, sofreu o gol de empate e foi para o intervalo com gosto de derrota na boca.

Mal começou o segundo tempo, a exemplo do que acontecera no primeiro, chegou com facilidade ao segundo gol, com grande jogada de Lima, aproveitando passe vertical de Arias, um dos que se salvaram em campo (conta uma novidade!).

O que deveria ser uma solução virou um problema, porque serviu de gatilho para que Diniz iniciasse a sequência de extravagâncias, descaracterizando o que já estava descaracterizado. No final, o empate até que acabou sendo favorável, porque a derrota rondou nossa meta como uma assombração. Podem rir, ou podem se assombrar, mas o Fluminense ainda conseguiu ganhar uma posição. Saímos da sexta para a quinta posição, mas isso não é consolo. Estamos, agora, a sete pontos do Botafogo e a cinco do Palmeiras.

Benditas sejam as tais datas Fifa, que nos darão dez dias para arrumar essa bagunça. Com Keno já de volta, parece que teremos o retorno de Alexsander e Marcelo. Em outras palavras, periga Diniz ter o elenco completo nos três jogos que teremos no Maracanã até o final de junho, contra Atlético MG, Bahia e Cristal. Voltaremos a engolir os adversários, não tenho dúvidas. A dúvida é o quanto isso será sustentável ao longo do que ainda está por vir na temporada.

Saudações Tricolores!