As três frentes do Fluminense (por Heitor Teixeira)

A disputa das três grandes competições da temporada é um objetivo claro do Fluminense na temporada.

Com o futebol mais bonito do país, a equipe se coloca como candidata a conquista de todas as taças, apesar de não ter um elenco como o de Palmeiras ou Flamengo. É importante, nesse contexto, analisar os torneios que temos pela frente para que prioridades sejam traçadas.

A Copa Libertadores é a maior obsessão tricolor na temporada. Isso se deve ao fato de que seria uma conquista inédita, uma redenção dos deuses do futebol após a injustiça de 2008. No campo, a competição vai afunilar no mata-mata, com o time precisando chegar em sua melhor versão, superando seus demônios em competições internacionais, na reta final, se quiser sonhar com a Glória Eterna.

A Copa do Brasil talvez seja, hoje, a mais difícil entre as três. Jogos eliminatórios entre as equipes brasileiras que vêm dominando o continente nos últimos anos, seria uma gigante conquista após o quase na semi do ano passado contra o Corinthians.

O Brasileirão é onde eu queria chegar. À primeira vista pode parecer ser o torneio mais distante da realidade das Laranjeiras, por ser o que, teoricamente, exige um elenco mais sólido a longo prazo. Esse ano, no entanto, o grupo de jogadores do Fluminense mostra uma característica bem singular: um time titular muito forte e reservas, como Guga, Vitor Mendes, Martinelli, Lima, John Kennedy e Lelê, que conseguem manter o nível competitivo, mesmo que não sustentem a excelência dos titulares. Nesse sentido, é possível observar como o Campeonato Brasileiro pode ser, na realidade, a opção mais viável de conquista em 2023.

O time pode até pecar em momentos agudos de competições eliminatórias, quando enfrentar outros grupos que estarão em sua melhor forma, mas é difícil imaginar esse elenco deixando escapar pontos bobos e perdendo sua consistência.

No fim, o objetivo deve ser chegar forte nas três competições, com todos os jogadores em condições e com a equipe seguindo coesa, como vem sendo desde o começo da temporada. Sendo assim, seria um ano histórico e digno do mais novo adjetivo listado nos dicionários de língua portuguesa: seria uma temporada pelé.