Para o tempo médio de vida humana, meio século diz muita coisa. Muitos já não estão entre nós, as crianças viraram sexagenários, os jovens se transformaram no clã da maturidade. E justamente diante dos últimos cinquenta anos, nunca foi tão preciso olhar para trás e enxergar com notável acuidade a grandeza de Francisco Horta, o maior presidente vivo do Fluminense.
Aniversariante do dia, Horta chega aos 91 anos com uma vida honrada e admirável na sociedade carioca e fluminense, recheada de grandes serviços. Para nós, tricolores, ele é o Maquinista, o Presidente Eterno, o homem que se cansou da história de “timinho” mesmo quando tínhamos timaços, e que por isso montou o time dos sonhos do Fluminense, só superado pela grande equipe tricolor em fins dos anos 1930.
Durante dois anos, o Fluminense ganhou as atenções do Brasil e do mundo. Não havia um dia sem manchetes sobre a Máquina. Um craque atrás do outro. O Fluminense tinha sua Seleção Brasileira particular, encantando torcedores em todo o Brasil e cativando corações em todo o planeta. Éramos os Harlem Globetrotters do futebol.
Cinquenta anos depois, tudo aquilo está muito vivo e muito marcante. Cinquenta anos depois, aquela ainda é a nossa referência de grandeza. Cinquenta anos depois, ganhamos muitos títulos e perdemos também, tivemos equipes fantásticas, mas nenhuma delas foi uma Máquina.
A torcida não deixa mentir: nossa maior média de público da história é de 1976. Qualquer jogo era um espetáculo, qualquer partida corria o risco de ser um épico. E nos anos 1970 o futebol brasileiro tinha pelo menos uns 70 craques em campo.
A Máquina fez tudo: ganhou títulos, perdeu, deu grandes espetáculos, goleadas, teve nomes estratosféricos e influenciou toda uma atmosfera de busca pela vitória que nos impulsionou até a metade dos anos 1980, pelo menos. Vencer ou vencer. Não há como fugir do óbvio: tudo isso tem a assinatura e o carisma de Francisco Horta, cuja imagem é eternamente associada a super craques, um mar de pó de arroz nas arquibancadas e histórias maravilhosas que os livros ainda precisam contar. A história de um Fluminense gigantesco, revolucionário e eterno.


Excelente texto amigo Paulo, Saudações Tricolores.
Saudações, Thereza Bulhões,
até rimou ,….
Grande abraço amigo de infância Chiquinho.
Felicidades felizes amigo Chiquinho, Saudações
Felicidades felizes amigo Querido! Saudações Tricolores
Eu tive o prazer de viver esses momentos
Muito bem escrito, sou prima do Horta para mim Tatá, um tricolor de coração e que fez pelo Fluminense tudo que vocês relataram.
Obrigado
Abraço
Marzinha ( filha do irmão da mãe do Tatá, Flávio Cavalcanti, outro tricolor raiz)