O nosso Fluminense está de volta (por Paulo Rocha)

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Deu gosto de ver. A atuação contra o São Paulo resgatou nosso orgulho de ser tricolor. Dominamos totalmente o adversário desde o apito inicial e, momento algum, tivemos nosso triunfo ameaçado. Arrisco dizer que, na hora decisiva da temporada – falando em Campeonato Brasileiro e também em Copa Sul-americana -, o nosso Fluminense, aquele que aprendemos a amar do fundo dos nossos corações, finalmente está de volta.

Sim, as entradas de Gum, na zaga, e de Richard (aquele que o scout sacaneava), na proteção, melhoraram muito nossa sistema defensivo. Nosso guerreiro precisou ensinar aos mais jovens o quanto é pesada a camisa que vestem. Ao seu lado, Reginaldo cresceu – para mim esta é a dupla de zaga titular. Quanto a Richard, cabeça de área, em minha opinião, tem que ser um zagueiro melhorado – e ele é exatamente isso.

Seria injustiça, contudo, apontar apenas a evolução do setor de retaguarda. Na frente, a entrada de um jogador contribuiu e muito para que voltássemos a ter alma. Falo de Marcos Junior, que não é um primor tecnicamente, mas luta do primeiro ao último minuto dificultando a saída de bola adversária.

Além disso, vez por outra, faz gols importantes. No momento, é o parceiro ideal para nosso iluminado artilheiro Henrique Dourado (o melhor cobrador de pênaltis do mundo na atualidade). Foi de aguçada sensibilidade a decisão de Abel em reconduzi-lo ao time titular.

Como é bom saber que podemos assistir aos jogos de nosso time por prazer e não apenas por mera obrigação. Esse Fluminense que está aí agora dá gosto de ver jogar. É isso que queremos:  luta, garra, entrega. Sem medo de porra nenhuma.

Não vejo momento melhor para acabarmos de vez com essa babaquice de não ganharmos da Chapecoense. Eles venceram o Galo em Minas na rodada passada? Foda-se, melhor ainda. Que venham achando que temos medo deles. Eu confio muito nesse Fluminense que voltou a dar as caras. Esse daí foi o que me pai me ensinou a amar e cujo mesmo sentimento, agora, tenho oportunidade de ensinar ao meu filho.

Na próxima coluna abordarei os duelos com nosso maior rival pela Copa Sul-Americana. Nosso foco de momento é o próximo jogo. Que Abel, mais uma vez, arme a estratégia certa e que possamos voltar de Chapecó tendo mandado o tal do fantasma do rebaixamento para a casa do caralho. Somos time grande. Eles é que têm que ter medo de nós.

Panorama Tricolor

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Imagem: paroc