Fluminense de Diniz perdeu o rumo (por Marcelo Savioli)

Amigos, amigas, o Fluminense, na noite de domingo, no desagradável horário das 19h, levou um baile do Inter em Porto Alegre, pondo fim a um longo período de invencibilidade. Foram treze jogos invictos. Por que, então, um título tão alarmista? O Fluminense de Diniz perdeu o rumo? Isso não é um exagero?

Infelizmente, amigos, amigas, não acho que seja exagero, e vou tentar explicar por que.

Diniz, após a partida, afirmou que o jogo em Porto Alegre foi um ponto muito fora da curva. Essa é a primeira prova de que Diniz perdeu o rumo. Não foi um ponto muito fora da curva, foi, ao contrário, a continuação de uma tendência de queda. Talvez Diniz tenha se esquecido do jogo de domingo passado, frente ao Cuiabá. Uma vitória magrinha, com um gol no primeiro minuto de jogo, e depois o Fluminense levando sufoco do Cuiabá, após 20 minutos de excelência.

Na ocasião, pelo menos o time oscilou. Contra o Inter, nem isso. Parecia outro time em campo. Sequer competitividade se viu, algo inédito no Flu de Diniz. O pior de tudo, no entanto, é que essa queda acontece justamente no momento em que tivemos dois meios de semana livres para treinar. Esperava-se que o futebol do Fluminense amadurecesse e não que se deteriorasse.

É preciso, portanto, que se reconheça que o Fluminense de Diniz perdeu o rumo. A única forma de você corrigir a rota é reconhecer que está indo na direção errada. Substituições erradas contra o Santos nos custaram dois pontos preciosos. No jogo de ontem, se a coisa já não ia bem, Diniz acabou de afundar o barco ao trazer Felipe Melo para o jogo no intervalo. Não vou dizer aqui que Felipe Melo foi o responsável pela derrota, mas sempre que entra o Fluminense cai de rendimento. Esse jogador não tem mais condições de entrar em campo numa partida de Série A. Se tivesse, o Palmeiras não o tinha dispensado.

O que quer que esteja se passando em campo, não há nada que justifique entrarem em campo, como solução para alguma coisa, Felipe Melo, William e Marrony. Aliás, de novo William no lugar de Ganso. Qual a explicação para essa troca? Aliás, o Fluminense tem uma semana para treinar e descansar, mas antes dos 30 minutos do segundo tempo já tinham saído Cano, Arias e Ganso.

Todos esperamos que o Fluminense volte a nos encantar na partida decisiva de quarta-feira, contra o Fortaleza, pela Copa do Brasil. Os erros da comissão técnica já nos custaram o sonho do penta, tomara que eles tenham se exaurido, porque o título da Copa do Brasil é um baita prêmio de consolação, que faz muito bem às finanças do clube.

É uma pena que o sonho do Brasileirão tenha ido para o beleléu. E mais uma vez pelas mesmas razões dos últimos anos. Escalações e/ou substituições injustificáveis, porque a gente sabe que o critério técnico no Fluminense é só um dos critérios, e clube assim não vai muito longe.

Saudações Tricolores!