Fluminense 4 x 1 Bangu (por Marcelo Savioli)

Amigos, amigas, ainda não é carnaval, mas o bloco tricolor está na rua. Confesso que fiquei decepcionado ao ver que nosso time principal retornaria hoje. Ainda mais depois da melhor atuação da garotada diante do Nova Iguaçu. Na minha visão, era a oportunidade de estender a pré-temporada da turma do Diniz e dar sequência à observação das armas que se iam apresentando ao longo das primeiras partidas, conquistando a liderança do Flamengão.

Porém, como não sou eu quem manda, só torço e analiso, o que me cabe é analisar a deliciosa vitória da noite de hoje. Uma vitória com um Fluminense impositivo em todos os aspectos. A impressão que dava o jogo era de que os jogadores do Fluminense estavam sempre um segundo à frente dos jogadores do Bangu. Sempre chegávamos antes, o que se deve a um alto potencial cognitivo e tático.

O Bangu passou 90 minutos em campo sem conseguir respirar por um único minuto, mesmo diante do nosso time recheado de veteranos. Prova inconteste da genialidade de Diniz e da eficácia de seu trabalho à frente da comissão técnica. Espero que isso se prolongue por muito tempo, o que fará com que o ciclo virtuoso seja demorado e cheio de títulos, ainda mais com o elenco que montamos.
Deu-se que um time alternativo, cheio de garotos, nos trouxe à liderança do Flamengão. Trocaram os onze e os principais cumpriram com todas as honras a sua missão de manter as coisas como estavam. Uma goleada de 4 a 1 dominante, que poderia ter sido maior, para não deixar dúvidas do que será o Fluminense em 2024. Um time que veio para vencer, vencer e vencer.

A vitória do dominado Bangu no primeiro tempo não refletiu o que foi o jogo, mas o Fluminense do segundo tempo conseguiu ser ainda melhor. A entrada de Renato Augusto, com a já tradicional saída de Felipe Melo, com André indo para a zaga, ampliou o domínio técnico e tático, empurrando o Bangu contra as cordas, correndo, agora ainda mais, para fechar espaços, enquanto a bola rolava de pé em pé, não de forma modorrenta, mas agora mais incisiva.

Foi assim que nasceu o gol de Keno, que fez movimento diagonal inteligente para receber o cruzamento na medida de Guga, que está muito à vontade jogando pelo Prêmio Nobel do Esporte. Não demorou muito, o Flu ampliou, com Arias, o demônio colombiano, fazendo jogada de salão, com drible e pedrada, acabando com qualquer injustiça no placar.

Depois de perder um caminhão de gols, Cano se irritou e, após uma das muitas roubadas de bola tricolores, diante de um Bangu atônito, soltou uma bomba de fora da área, marcando um golaço, mandando a bola no ângulo esquerdo.
Terans entrou bem, cheio de vontade, no lugar de Keno, e acabou de incendiar o jogo, mas foi Arias que acabou marcando o quarto, no verdadeiro baile tricolor, deixando o Bangu completamente perdido e dominado. Renato Augusto tentou duas daquelas chapadas, a bola não entrou. Poderia ter sido de seis, mas o que importa é ver que, mesmo diante de um adversário frágil, o Fluminense mostrou por que é o campeão da América e o grande protagonista do futebol brasileiro em 2024, pelo menos olhando daqui, do ponto de partida, onde ainda estamos.

A prova de que o Fluminense vem pesado nessa temporada é a torcida gritando o nome de Thiago Santos em determinado momento do segundo tempo. Fez, mais uma vez, uma boa partida, mostrando que os ares de Laranjeiras são mágicos, renovadores e transformadores.
O Fluminense desse começo de temporada é para saborear. Então, saboreemos.

Saudações Tricolores!