Fluminense 3 x 1 Chapecoense: atuações (por Mauro Jácome)

 
A Chapecoense começou muito fechada, com a preocupação de valorizar a posse de bola. O Fluminense tinha dificuldades em sair para o jogo. Errava muitos passes. Após os 15’, Sornoza se desgarrou da marcação e se posicionou para receber o primeiro passe após a recuperação de bola. Marcos Junior encostou no equatoriano para puxar contra-ataques. Dessa forma, o futebol tricolor começou a fluir. Na primeira vez que saiu com toques rápidos, em velocidade, Sornoza lançou Marcos Junior que bateu por cima do goleiro Jandrei. Pouco depois, aos 21’, Sornoza empurrou para Marcos Junior, que ganhou de Amaral, foi ao fundo, cruzou, a bola passou pelo goleiro, Gilberto tocou para o meio e Pedro tocou para o fundo das redes. Quatro minutos depois, Jadson fez um lançamento espetacular para Marcos Junior, a zaga e o goleiro se atrapalharam e o atacante tricolor empurrou a bola para o gol vazio. O jogo pegou fogo e a Chapecoense perdeu dois gols seguidos: o primeiro Canteros meteu no travessão; depois, Arthur Caíque tocou por cima do gol de Júlio César. Os dez últimos minutos foram de disputa pela bola no meio-campo.

Logo aos 4’, numa falta na entrada da área, a barreira abriu e a bola entrou no canto esquerdo de Júlio César. Bobeira. O jogo se tornou perigoso, mas o Fluminense se aproveitou do avanço da Chapecoense em busca do empate. Em dois contra-ataques chegou muito perto do terceiro gol: Sonoza trocou passes com Marlon, recebeu na cara do goleiro, mas bateu para fora; Robinho recebeu de Pedro e bateu forte, mas a bola explodiu no travessão. Aos 19’, foi a vez da Chapecoense, mas Júlio César salvou duas vezes seguidas. A torcida sentiu a pressão do time catarinense e, sob o comando de Gum do banco de reservas, entrou em campo. O domínio era da Chape. O Fluminense não conseguia manter a bola nos pés, nem sair em contra-ataque. Apesar do sufoco, aos 41’, Pedro recebeu na área, tirou o zagueiro com um toque curto e bateu no ângulo de Jandrei. Um golaço para matar de vez o tabu.

JÚLIO CÉSAR

Está em grande fase. No segundo tempo, salvou o Fluminense em duas tentativas consecutivas da Chapecoense.

RENATO CHAVES

Errou alguns combates na intermediária. Algumas vezes saiu precipitadamente da área e abriu espaços na linha de zaga.

GUM

A raça de sempre, mas logo sentiu uma contusão. Tentou levar até o final do primeiro tempo, mas não conseguiu.

NATHAN RIBEIRO

Tem muita facilidade em jogar centralizado nesse esquema de três zagueiros. Tem senso de cobertura e posicionamento para as bolas aéreas.

LUAN PERES

Chegou atrasado em algumas investidas da Chapecoense pelo lado. Tem que ficar mais próximo de Marlon, senão, dificilmente conseguirá dobrar a marcação.

GILBERTO

Quando o Fluminense joga em velocidade, o futebol do ala cresce. Não é muito bom marcador, mas sabe sair rápido nos contra-ataques e tem boa noção de colocação na área adversária.

RICHARD

Protegeu os zagueiros e se enfiou na linha de defesa aumentar a estatura nas bolas aéreas. Na saída de bola, errou alguns passes, mas procurou sempre por Sornoza ou Jadson para acelerar a transição.

JADSON

Voltou a jogar bem. Movimentou-se, chamou o jogo e distribuiu bons passes, inclusive no lançamento para Marcos Junior marcar o segundo gol tricolor.

SORNOZA

Finalmente está fazendo o que se esperava dele: procurar a bola, evoluir com velocidade, construir com criatividade e arriscar. Perdeu um gol incrível no começo do segundo tempo.

MARLON

Penou na marcação sobre Apodi e, quando esteve só, levou desvantagem. Na frente, teve dificuldades para chegar ao fundo e exagerou nos chuveirinhos. Numa boa troca de passes com Sornoza, devolveu com açúcar para Sornoza, que perdeu grande oportunidade.

MARCOS JUNIOR

Primeiro tempo primoroso. Além do gol, todos os lances de perigo passaram pelos seus pés. Posicionava-se entre o meio e a esquerda e se lançava para ganhar na velocidade da linha defensiva da Chapecoense. Saiu no intervalo.

ROBINHO

Entrou bem. Ajudou na marcação, puxou contra-ataques, prendeu bem a bola e se entendeu com Gilberto.

PEDRO

Oportunista, aproveitou o toque de Gilberto para abrir o placar. Tentava confundir os zagueiros nos ataques que se desenvolviam pelos lados do campo e favorecia Marcos Junior achar espaços. Marcou um golaço no final, ao dominar tirando o zagueiro e mandar no ângulo.

ABEL

O primeiro tempo foi no melhor estilo desse time do Abel. Velocidade, toques rápidos, movimentação, resultado: 2 x 0. As duas substituições que foi obrigado a fazer, tirou a oportunidade de mudar o time para diminuir a pressão da Chapecoense. No final, colocou Airton para aumentar o poder de marcação no meio-campo. Mais um jogo que o time apresentou o resultado de muito treinamento.

 

Panorama Tricolor

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Imagem: jam