Fluminense 3 x 0 Paysandu (por Marcelo Savioli)

Amigos, amigas, foi mais um massacre tricolor na noite de hoje no Maracanã. Não que o Fluminense tenha tido uma atuação de outro mundo, como os 7 a 0 no Volta Redonda. Foi uma exibição muito boa, que trouxe a certeza de que essa história não vai parar tão cedo.
Ganso fez falta no início. Faltava aquele passe de gênio para desgovernar a cordilheira montada pelos paraenses na frente da área. O Fluminense, então, precisou de volume, paciência e insistência para começar a construir jogadas incisivas.

Ao final do primeiro tempo, o Fluminense vencia com dois gols de bola parada, dois gols marcados por zagueiros e ambos de cabeça. Ora, se ninguém sai lá de trás, que coloquemos todo mundo no jogo.

Não percam a conta. Terminamos com 3 a 0 no placar a primeira etapa. Os dois gols em jogadas de bola parada foram marcados por Felipe Melo e Keno. Os dois de cabeça foram marcados por Felipe Melo e Nino. Eu estou falando de recursos para marcar três gols contra um time que teimosamente empaca suas linhas à frente da pequena área.

Ao que tudo indica, precisaremos muito disso ao longo da temporada, porque o Fluminense faz com que os adversários abram mão de atacar em nome daquela famosa “uma bola”. Mas o Fluminense parece treinado para isso, assim como amplia seu leque de jogadas para enfrentar esse tipo de situação.

Veio o segundo tempo e nada mudou. Para o Paysandu, perder de 3 a 0 era lucro e eles acabaram, de certo modo, saindo aliviados. Não que haja qualquer chance de virarem o jogo em Belém. Só se cair o dilúvio bíblico, mas, de certo modo, nos obrigam a encarar o jogo com responsabilidade.

Para quem tinha a ideia de levar um time alternativo ao Pará, no jogo de volta, o jogo de hoje pode ter sido frustrante, porque a fatura poderia estar melhor liquidada em números. O problema é que hoje a bola estava meio mal intencionada conosco e teimava em não entrar, principalmente na segunda etapa, quando passamos em brancas nuvens, apesar do lindo arremate de Cano, que beijou a parte interna da trave, deixando o demônio argentino na seca na noite de hoje.

JK entrou, mostrou suas credenciais, mas também parou no goleiro. Só achei excessivas as substituições de Diniz, que meio que desfiguraram o time. Não sei o que Diniz ainda espera de Alexandre Jesus para colocá-lo em campo para se atrapalhar com a bola em todas as suas intervenções. São aquelas coisas de Fluminense que ninguém consegue entender, tampouco quem está lá consegue explicar.

Fato é que o depoimento da partida dessa noite apenas veio ratificar aquilo que os menos fanáticos e mais sensatos já estão cansados de saber. O Fluminense é um cardápio indigesto para qualquer adversário. Se é o melhor time do país? Talvez. Há quem o afirme. Eu prefiro esperar por uma sequência maior de exibições que transitem entre o bom e o sobrenatural.

Estreia na Copa do Brasil hoje, estreia no Brasileiro domingo. Excelente momento para testarmos nossa força. Não para saber se a temos, disso não resta dúvida, mas para saber seu tamanho.

A verdadeira temporada tricolor começou!
Saudações Tricolores!