Fluminense 0 x 2 Flamengo: atuações (por Mauro Jácome)

O Fluminense começou com a marcação no campo do Flamengo. No entanto, a pressão durou pouco. Com toques rápidos e muita movimentação do ataque, o rubro-negro tomou o controle do jogo. Virou ataque contra defesa. Sornoza errava tudo e a iniciativa de fazer a transição ficou somente com Jadson. Depois de alguns sustos, o Tricolor conseguiu sair do sufoco e afastou a bola das proximidades do gol de Júlio César. Aos 26’, o árbitro marcou pênalti num lance em que Marlon ficou olhando para o nada e deixou Marlos se antecipar. Quando foi já era tarde. Bobeira do lateral. Henrique Dourado bateu e abriu o placar. O Fluminense se enervou e se perdeu. Ainda tentou chegar ao empate no fim do primeiro tempo, mas morria quando chegava em Sornoza, Marlon ou João Carlos.

Com o esquema alterado, dois zagueiros e dois meninos rápidos na frente, Matheus Alessandro e Pablo Dyego, o Fluminense melhorou o posicionamento e conseguiu jogar no campo adversário. Apesar do domínio territorial, cercava, cercava e não conseguia criar chances de gol. Na primeira investida do Flamengo, saiu o segundo gol. Só esforço não adianta. É preciso o mínimo de qualidade. O time considerado titular, se jogar no limite, conseguirá alguns resultados, mas se depender das opções do banco de reservas, a coisa ficará feia até o final do ano. O Fluminense em campo é o reflexo dessa desastrosa administração. Uma das piores que já vi nos meus cinquenta e tantos anos de Fluminense. Se não tomarem alguma atitude e urgente e retirarem do clube tanta gente ruim, o Fluminense se consolidará como um time pequeno do futebol brasileiro.

JÚLIO CÉSAR

Salvou o Fluminense duas vezes. Não teve como evitar os gols.

RENATO CHAVES

Bem na bola aérea, mas não conseguiu acompanhar as jogadas em velocidade pelo lado direito da defesa.

PABLO DYEGO

Mal teve tempo para utilizar a sua principal arma, a velocidade. Numa das suas primeiras arrancadas foi derrubado por Rodolpho e se machucou.

ROBINHO

Inútil. Não tem sangue. Nenhuma bola que chega em seus pés tem sequência.

GUM

Muita defesa institucional, mas pouco futebol. Não conseguiu acompanhar a velocidade do ataque do Flamengo.

LUAN PERES

Seguiu os companheiros de zaga. É mediano, típico jogador de Ponte Preta. Ou de Fluminense no estágio atual.

GILBERTO

Lutou muito, inclusive contra suas próprias limitações.

RICHARD

Fez o que pode, no entanto, não pode muita coisa. Tecnicamente é muito fraco.

DOUGLAS

Errou muitos passes. Entrou para fechar o meio-campo, mas não conseguiu. Estava sempre correndo atrás de Lucas Paquetá e Everton Ribeiro.

JADSON

O único com alguma lucidez, mas estava cercado de jogados limitados. Tentou de tudo para que a bola chegasse em condições de conclusão, mas não tinha ninguém para isso. Ainda foi para a área em busca de um espaço para concluir ao gol.

SORNOZA

Péssimo. Errou bolas fáceis, tanto no domínio quanto nos passes. Ainda bem que não voltou do intervalo.

MARLON

Horroroso novamente. Marcou mal, teve campo para evoluir, mas errava sempre na finalização da jogada com opções equivocadas.

JOÃO CARLOS

Triste ver um jogador desse nível vestindo a camisa tricolor. Posiciona-se mal, não consegue dominar a bola, não sabe se antecipar.

ABEL BRAGA

Entrou com um esquema absurdo. Com o horroroso João Carlos na frente, claro que o Fluminense não conseguiria levar perigo ao gol de Diego Alves. Pediu para que o Flamengo liquidasse o Fluminense. Tentou consertar no segundo tempo, mas também não tem boas peças de reposição. Se o time é fraco e falta elenco, não pode inventar.

Panorama Tricolor

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Imagem: jam