Amigos, amigas, a torcida pelo jogo desta quarta começou com uma torcida pela escalação. Sabemos que esse é um aspecto muito importante quando se trata de Fluminense.
Para nossa efêmera alegria, Renato escalou o time de forma alinhada às necessidades e expectativas que tínhamos. A volta de Samuel Xavier e a entrada de Acosta no meio agregavam ao nosso jogo a expectativa de termos cabeças pensantes num time mecanizado.
Poderíamos ter matado a partida nos primeiros 30 minutos. Marcamos um golaço em uma trama que envolveu Martinelli, Serna, Acosta e Canobbio, que finalizou de voleio. Estava aberta a janela para uma vitória tranquila sobre um adversário limitado. A bola de Samuel Xavier na trave era o gol da classificação, que não aconteceu.
Terminamos o primeiro tempo com o placar de dez chutes a zero. Tudo indicava o caminho aberto para a classificação às semifinais da Sul-Americana, mas o segundo tempo mostrou que não era bem assim. Quem cresceu no jogo foi o Lanús, que conseguiu neutralizar nossas jogadas.
Serna, que desequilibrava o jogo, parou. Martinelli, que já fizera primeiro tempo discreto, passou a errar. Hércules, personagem importante em todas as jornadas, saiu para a entrada de Otávio, aquele que fica meses parado e volta com ritmo de jogo, ao contrário de Lezcano e Lavega, que nunca o têm.
Cano entra no lugar do inoperante Everaldo, figura patética no curso da primeira etapa, apesar do domínio tricolor, mas a coisa tenderia a piorar. O gol de empate do Lanús bagunça a cabeça de Renato e o time do Fluminense. Dali em diante, substituições inconcebíveis, que parecem ter sido gestadas em uma mente perturbada.
Aquela história de, faltando 20 minutos para terminar o jogo, encher o time de atacantes. Entrou Keno, entrou Riquelme, entrou JK.
Talvez tivessem entrado Fred, Doval, Washington e todos os centroavantes da história recente tricolor, mas nosso meio morreu, virou uma bagunça. Exceto por jogada individual de Riquelme e cabeçada de Cano na trave, foi o Lanús, agora organizado e mentalmente superior, quem esteve mais próximo do segundo gol.
Uma desclassificação que é produto de visões erradas, conceitos errados e decisões estapafúrdias, que já nos haviam custado a derrota improvável na Argentina. Situações que estiveram presentes até mesmo na grande campanha da Copa do Mundo, mas que não resultaram em desastres como o da noite desta terça-feira fatídica.
Renato conseguiu nos mostrar como é possível transformar acerto em erro, superioridade em desastre e festa em velório. O Fluminense segue apaixonado e fiel aos seus vícios.
Saudações Tricolores!