Fluminense 120 anos (por Claudia Barros)

No dia 21 de julho, aniversariamos todos nós. Nesta semana, o nosso amor comum completou 120 anos de existência e, em sua homenagem, contemplamos a beleza e a magia das suas cores e da sua excepcional história.

Dia 21 de julho de 1902. Nascia o Fluminense Football Club. Fundado pela aristocracia carioca, o Fluminense possui história contundente e repleta de emoções. Já foi do céu ao inferno, da terceira divisão aos títulos brasileiros.

Sua torcida, apaixonada, é conhecida por festas inesquecíveis e pelo apoio incondicional ao time. Não obstante, é uma torcida crítica na medida certa, achando os pontos de divergência e convergência necessários.

É tanta história para contar.

O primeiro título nacional do Fluminense veio junto com o tricampeonato da seleção brasileira. Verde, branco e grená se misturaram às cores verde e amarela da seleção canarinho. Os tempos eram outros.
Anos mais tarde, em 1984, viria o próximo título, conquistado por uma segunda máquina tricolor que contava com Paulo Victor, Branco, Romerito, e o famoso casal 20 formado por Assis e Washington.

O final do século XX foi marcado por anos dificílimos, com rebaixamentos esdrúxulos, administrações vergonhosas, desvalorização das nossas pratas da casa e viradas de mesa vergonhosas (para nós e para todos os que delas se beneficiaram na hipocrisia velada).
No malfadado rebaixamento para a terceira divisão do Campeonato Brasileiro, a torcida novamente esteve lá, apoiando e amando o time como sempre fez. Fomos campeões da Série C e voltamos à primeira divisão.

Depois disso, títulos expressivos vieram em 2007, 2010, 2012.

Em 2008, Libertadores. Esse campeonato marcou uma nova geração de tricolores. O título não veio por “detalhes”, mas o Flu desbancou times de alto nível, como o Boca Junior, da Argentina.

Na final da Libertadores de 2008, Fluminense e LDU foram aos pênaltis, e apesar de o tricolor não ter levantado a taça, a torcida mostrou ao time que não importava o momento, estava ali para apoiá-lo incondicionalmente. Fizemos a maior festa já vista em um estádio de futebol! Exagero? Nenhum!

No ano seguinte, lutamos até a última rodada contra o rebaixamento. Era 2009. Com o apoio mais uma vez de sua torcida, o Fluminense também se candidatou ao título do Campeonato Sul-Americano nesse mesmo ano, ao mesmo tempo que lutava para não cair. Chegamos à final contra a mesma LDU, mas desta vez não tivemos nem a chance de chegar aos pênaltis. Perdemos mais uma vez. O placar de 3 a 0 no Maraca não foi o suficiente para reverter o resultado que trouxemos do Equador. Tudo isso não abateu o Time de Guerreiros, que chegou à última rodada do Brasileiro com um empate com o Coritiba em pleno Green Hell, livrando-se da queda.

O ano de 2010 foi diferente. Foi, como diz o hino do clube, ‘Retumbante de glórias’. Mesmo com ajudas externas a um clube paulista, pois era o ano de seu centenário, o Fluminense passou por cima de tudo e de todos para levantar a taça do tri. Os tricolores de toda a Terra puderam soltar o grito de “é campeão!” que estava engasgado desde 2008. Foi neste ano que se consagrou um dos mais recentes ídolos da torcida tricolor: o argentino Darío Leonardo Conca. Ele jogou as 38 rodadas do campeonato e foi o capitão na maioria delas. Levou o prêmio de melhor jogador no fim do ano juntamente com a taça do tri.

Em 2012 veio o tetra nacional, sob o comando de Abel Braga.

Por tudo isso, o Fluminense antes de qualquer coisa, é uma entidade, uma majestade, uma sublimidade. Amamos um nome, uma imagem, uma história, uma insígnia, uma tradição, um conjunto de cores – as mais lindas do mundo, cremos nós.

Somos capazes de amar até um sujeito que dá sangue, suor e lágrimas por essa entidade. Aquele que briga por nós, que veste, beija e respeita o manto.

O contrário é verdadeiro, e somos capazes de alijar qualquer malfadado sujeito que não dê esses mesmos sangue, suor e lágrimas e que, pior, fale mal do nosso amor. É fato, nós podemos falar mal de nós mesmos, os de fora, quase nunca.

O Fluminense é um amor que não cessa, que aumenta, que se robustece, que se fortalece com o passar do tempo. Fortalece nos momentos ruins porque viramos uma espécie de Fênix futebolista. Fortalece na crise porque viramos Guerreiros. Fortalece no êxtase das conquistas porque a alma se enobrece, se engrandece, se rejuvenesce.

Amamos a entidade Fluminense Futebol Clube e ela se encontra acima do bem e do mal, é parte da nossa razão de viver. Nos 120 anos do Fluminense, os parabéns para o Tricolor que nos dá mais amor, paixão e brilho nas noites e tardes em que entra em campo. E para alguém ainda tem dúvida sobre a majestade desse tão amado clube, Nelson Rodrigues responde: “Se queres saber o futuro do Fluminense, olhai para o seu passado. A história tricolor traduz a predestinação para a glória”

Parabéns, amado! Que venham mais 120 anos de glória!