Fluminense 1 x 2 Junior Barranquilla: atuações (por Mauro Jácome)

Mais uma vez o início do Fluminense foi dando a bola ao adversário para contra-atacar. No entanto, a marcação chegava atrasada e não conseguia recuperar a bola. Exceção para um belo lançamento de Cazares, que Kayky perdeu na cara do goleiro, o Fluminense errava muitos passes e via o Junior tocar. Inclusive, o time colombiano chegou com perigo algumas vezes. A partir da metade da etapa inicial, sob o comando de Fred, o Fluminense adiantou as linhas e pressionou em busca do gol. Luiz Henrique, Fred, Calegari tiveram a oportunidade de abrir o placar. No entanto, aos 34’, Fuentes cruzou da esquerda com grande liberdade, Valencia subiu mais alto do que Luccas Claro e tocou de cabeça do lado oposto de Marcos Felipe. O Fluminense não achava a bola. Ao contrário do Junior, que tocava de primeira e sempre encontrava um companheiro livre, o tricolor que recebia a bola prendia demasiadamente e ficava sem a opção de passe. Tem sido comum o Fluminense jogar muito mal no primeiro tempo.

Os problemas de marcação continuaram. Logo aos 5’, Cetré recebeu na intermediária e bateu com toda a tranquilidade. A bola fez uma curva e entrou no cantinho esquerdo de Marcos Felipe. Com a vaca indo para o brejo, Roger fez três alterações: Caio Paulista, Nenê e Gabriel Teixeira. No entanto, a marcação frouxa e os passes errados matavam todas as tentativas de chegar ao gol de Viera. Ao contrário, o Junior chegava com facilidade à área de Marcos Felipe. O terceiro gol estava maduro, mas o Fluminense quebrou a lógica e, finalmente, encaixou uma troca de passes. Gabriel Teixeira acionou Nenê em profundidade. O passe de Nenê foi preciso para Abel diminuir. Em vez de atacar com trocas de passes e movimentações, foi para o desespero. Um festival de bobagens. Não houve nenhuma conclusão decente nos vinte minutos finais.

MARCOS FELIPE

Boas defesas no primeiro tempo. O chute do segundo gol foi com muito efeito, mas o colombiano estava longe.

CALEGARI

Marcou à distância e permitiu ao adversário chegar à área. Na frente, errou muito também.

NINO

Estava desprotegido e teve dificuldades com as rápidas trocas de passes do Junior. Estava fora de posição no primeiro gol.

LUCCAS CLARO

Mesmas dificuldades de Nino. No gol, teve que sair da posição e chegou atrasado.

DANILO BARCELOS

Envolvido quando o Junior avançava pelo seu lado. Na frente, não produziu.

MARTINELLI

Lutou sozinho para colocar a bola no chão e levar até o campo de ataque. A forte marcação colombiana fechava as opções de passes e dificultava a transição.

BOBADILLA

Brigou nas bolas que chegavam de ligações diretas. Claro que não daria certo.

YAGO

Correu muito, mas sempre atrasado. Não impediu que o Junior evoluísse até a área tricolor.

CAZARES

Mesmo marcado, conseguiu assistências que poderiam resultar em gols. Sumiu no segundo tempo.

NENÊ

Ótimo passe para Abel Hernández marcar. Depois, foi um dos responsáveis pelo desespero, ao mandar diversas bolas aéreas em buscas de Abel e Bobadilla. Deveria ter colocado a bola no chão.

LUIZ HENRIQUE

Errou tudo, inclusive, perdeu um gol na cara de Viera.

GABRIEL TEIXEIRA

Melhorou o poder ofensivo. Ótimo passe para Nenê. Depois, tentou as jogadas individuais, mas o Junior colocava o time inteiro atrás da linha da bola.

KAYKY

Teve a chance de marcar logo aos 2’. Tentou quebrar a marcação com dribles em diagonal, mas os companheiros estavam escondidos.

CAIO PAULISTA

Tentou arrancadas pela direita, pela esquerda, mas baixava a cabeça e perdia a bola.

FRED

Lutou muito para que os companheiros marcassem mais à frente. Deu um belo passe de calcanhar par Luiz Henrique.

ABEL HERNÁNDEZ

Entrou bem, fez o gol, mas as bolas chegaram quadradas.

ROGER MACHADO

Precisa treinar a equipe para marcar de forma mais agressiva, principalmente contra adversários inferiores. O Fluminense levou um baile tático. Não achou a bola. O Junior fechou todos os caminhos, mas tinha enorme liberdade para atacar. O Fluminense tem atuado com inferioridade numérica no meio-campo. Os laterais não contribuem para uma transição consistente. A distância entre o jogador mais recuado e o mais avançado é enorme e os adversários aproveitam o vazio entre as duas intermediárias. Se não melhorar muito na Argentina, o Fluminense pode jogar fora uma classificação fácil.

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