Fluminense 1 x 1 Coritiba (por Mauro Jácome)

192 - 10082014 - Fluminense 1 x 1 Coritiba

Ao contrário dos jogos anteriores, o Fluminense não conseguiu, em momento algum, impor o ritmo e colocar o toque de bola em campo. O Coritiba foi superior, praticamente, todo o tempo. Cristóvão Borges mandou o mesmo time de jogos anteriores pelo Brasileiro, com exceção de Elivélton no lugar de Henrique, contundido. No entanto, foi surpreendido
pela fortíssima marcação do Coritiba. Raras vezes, o meio-campo tricolor conseguiu levar vantagem. No final, o empate foi um prêmio à impressionante dedicação do Coxa e um alerta ao Fluminense.

1o Tempo

O Coritiba começou marcando por pressão a saída de bola e jogando duro. O Fluminense, então, teve muitas dificuldades para as trocas de passes e exagerou nas bolas longas, saindo da sua característica. Até os 20’, o tricolor chegou poucas vezes à frente. Aos 6’, Conca lançou Rafael Sóbis, que se atrapalhou na frente do goleiro Vanderlei e, aos 20’, Carlinhos fez uma jogada sensacional, foi ao fundo e rolou no meio, mas Conca finalizou em cima da defesa.

Em seguida, O Fluminense ganhou espaço e empurrou o Coritiba para o seu campo. Então, a bola circulou pelos jogadores de meio-campo. Num momento de pressão, aos 24’ e meio, Rafael Sóbis bateu um escanteio na marca do pênalti e o zagueiro Elivélton subiu no décimo andar e mandou no ângulo. 1 x 0. No lance do gol, Gum se machucou e saiu. A defesa sentiu a saída do zagueiro e mostrou certa instabilidade, principalmente, pelo estágio inferior do Fabrício em relação aos demais. O Coritiba se aproveitou e apertou.

Na segunda metade do primeiro tempo, o Fluminense ficou acuado. O Coritiba, com trocas rápidas de bola e muitos deslocamentos, dominou até o apito final. No entanto, não conseguiu nenhuma bola para tentar o empate. Numa das raras avançadas, aos 42’, Bruno fez grande jogada e rolou para Conca. O argentino bobeou e a zaga do Coxa cortou. Era uma grande oportunidade de ampliar o placar e conseguir respirar um pouco.

2o Tempo

O Coritiba voltou com Keirrisson, sinalizando que continuaria a pressionar. E foi o que aconteceu. O jogo recomeçou como terminou o primeiro tempo. Até os 10’, só deu Coxa. Num dos poucos ataques na primeira metade, aos 7’ e meio, Conca fez ótimo lançamento para Wagner, que finalizou mal.

Somente a partir dos 20’, o Fluminense conseguiu respirar um pouco. Avançou o meio-campo, equilibrou o jogo, mas não conseguiu chegar ao gol do Coritiba, que, inteligentemente, quebrou a ligação entre Conca, Cícero e Rafael Sóbis. Tinha sempre dois ou três jogadores do time paranaense fechando a linha entre eles. Assim, Cícero, que é peça fundamental no esquema do Cristóvão, não teve oportunidade de trabalhar.

A bola não se aproximava do gol de Vanderlei. Até os 30’, o jogo se desenvolveu entre as duas intermediárias. Na realidade, o Coritiba recuperava o fôlego. Daí em diante, lançou-se com tudo para cima. Aos 30’, mandou uma bola no travessão. O Fluminense se defendia. Aos 36’, de tanto pressionar, o Coritiba empatou. Chiquinho, pressionado, cortou errado, o lateral Dener aproveitou e cruzou; a zaga cortou mal e Germano acertou um balaço no ângulo. Restava pouco tempo, mas o tricolor ainda tentou a vantagem e criou duas chances, mas a afobação e o desespero tomava conta.

Fim de papo e o Fluminense perdeu boa oportunidade de encostar de vez no líder Cruzeiro. No próximo fim de semana, vai à Brasília jogar o clássico Vovô contra o Botafogo. Depois deste empate, a vitória tornou-se imprescindível.

Há que se destacar, negativamente, o trabalho de Flávio Rodrigues Guerra. Inúmeras faltas, geralmente em favor do Fluminense, não foram marcadas. Também, deixou de mostrar alguns cartões ao time do Coritiba. Vários árbitros estão tentando mudar o estilo da arbitragem brasileira e deixando correr. No entanto, em nome do “deixar o jogo correr”, estão extrapolando e não marcando, inclusive, faltas claras.

Panorama Tricolor

@Panoramatri @MauroJacome

Fotos: portalfluminense.com.br/

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