Fluminense 1 x 0 Mirassol (por Marcelo Savioli)

Amigos, amigas, o Fluminense derrotou o Mirassol por 1 a 0 na noite desta quinta-feira, 6 de novembro de 2025. Com o resultado, chegamos aos 50 pontos, defendendo a sétima colocação, nos posicionando a cinco pontos do São Paulo, que é o oitavo. A vitória nos deixou a um ponto do Botafogo, sexto, e a dois do Bahia, sétimo.

O que isso quer dizer, afinal?

Que vencemos o quarto colocado do Campeonato Brasileiro, um time difícil de ser batido, mas que está longe de ser um grande feito para o time do Fluminense. Estou falando do time e não do clube, é bom que isso fique claro.

Olhando para a escalação de Zubeldia, aquela que considera titular, não era difícil imaginar que o Fluminense, ainda mais no Maracanã, teria argumentos para obter a vitória. Olhando para o elenco do Fluminense, brigar, até o final da competição, pela quinta colocação, não chega a ser um grande feito.

O que incomoda é a forma como o Fluminense encara o Campeonato Brasileiro, competição cuja conquista deveria ser nossa prioridade desde a hora em que toca o despertador até a hora em que o sono nos cobra rendição. Mas o Fluminense cresce ao meio-dia e se encolhe antes da hora da Ave Maria, para ter um espasmo de dignidade às 21 horas, que pode ser esquecido uma hora depois. Vide os dois duelos contra o Ceará, que transcorreram nos últimos dias. Uma vitória razoável no Maracanã e um vexame no Castelão.
Fizemos um jogo digno contra o Mirassol e obtivemos a vitória. Tínhamos o retorno de Thiago Silva, Samuel Xavier e Lucho Acosta, indicador de que a vitória era até mais do que possível, mas temos sérios problemas quando precisamos de elenco, ou, podemos dizer, da forma como é utilizado, o que nos leva ao mesmo velho dilema de sempre.

Não podemos reclamar da opção por Everaldo. Afinal, temos três centroavantes que, nesse momento da existência, não conseguem somar um. Um gol, por obséquio, que seja. Então, manter o inútil revezamento é a forma de burlar a realidade, que mostra a pouca proficiência do nosso departamento de futebol para entender e preencher as lacunas do elenco. Ao contrário, contratamos muito, gastamos muito e temos pouco retorno, algo que pode ser fatal em algum momento.

Então, ficamos aqui, sem ter ideia do que virá no próximo jogo, nas próximas semanas. Com Cruzeiro, Dissidência e Palmeiras pela frente, os três primeiros colocados na tabela, absolutamente tudo pode acontecer. Então, ficamos nessa ciranda de emoções contidas, que, ao final de tudo, desembocarão nas semifinais da Copa do Brasil, momento até o qual acompanharemos nossa saga no Campeonato Brasileiro, no qual nos contentaremos com a garantia da vaga na fase de grupos da Libertadores de 2026, que marcará a conquista do Bi da competição continental.

Continuemos a nossa saga, então, com nossos sobes e desces intermináveis, enquanto a gestão do nosso futebol parece alguém com muita sorte envolvido em uma roleta russa.

Saudações Tricolores!

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