Amigos, amigas, um pouco de bom senso às vezes ajuda. Zubeldia se rendeu às evidências e escalou JK no comando do ataque no jogo deste sábado, diante do incorrigível time do Inter, que terá sérias dificuldades de se livrar do rebaixamento esse ano.
Diante de um adversário frágil, não por conta dos valores individuais, mas pela falta de encaixe tático, e, dessa vez, uma penca de desfalques, o Fluminense entrou em campo para matar o jogo rapidamente, o que poderia ter acontecido.
Foram duas bolas na trave no primeiro tempo e várias defesas importantes do goleiro colorado. Não haveria nenhum espanto se o Flu houvesse chegado aos 10 minutos de partida com 2 a 0 no placar.
Para que isso acontecesse, a presença de JK foi fundamental, dando mais dinamismo ao ataque, atacando espaços e finalizando duas vezes com perigo. Na primeira das finalizações, escorou cruzamento da direita e o goleiro defendeu no susto, antes de a bola bater no travessão.
A ausência de Martinelli não foi sentida no primeiro tempo. Bernal, mesmo sem o talento do titular, não comprometeu e Hércules se superou, ajudado no meio pela baratinha chamada Lucho Acosta, que tem bom entendimento com JK.
Nossos pontas, Canobbio e Serna, faziam boa partida e infernizavam a vida dos laterais adversários, bem auxiliados pelos laterais. Renê, cujas engrossadas tememos, fez partida quase perfeita, talvez o melhor do time.
Mas o gol saiu dos pés de outro lateral. Samuel Xavier, depois de uma manobra ofensiva quase fadada a ser mal sucedida, pegou uma bola perdida, entrou na área e fez um bonito gol, cortando para dentro, já dentro da área, e, de canhota, mandando no canto esquerdo do goleiro colorado.
No segundo tempo, talvez temendo seu banco de reservas inconfiável, que, mesmo assim, não é reformulado, Zubeldia segurou o quanto pode as substituições, até que o cansaço de alguns titulares as fizesse justificáveis. O que, de fato, fez com que o Fluminense reequilibrasse o jogo fisicamente num momento delicado, quando dávamos muito campo ao adversário.
Uma vitória magra, que poderia ter sido mais expressiva no placar, mas que nos oferece uma alavancagem na luta por uma vaga, pelo Campeonato Brasileiro, na Libertadores de 2026.
Foi uma boa vitória, mas que deixa uma preocupação. Por onde andam Riquelme e Lavega, jogadores jovens e talentosos, que poderiam entrar no time para manter uma dinâmica ofensiva que intimide o adversário?
No meio, temos o iminente retorno de Nonato e Ganso, que pode agregar valor ao nosso elenco, mas o Fluminense ainda parece andar dois passos atrás de suas demandas reais. Deveríamos estar pensando numa sombra para JK, mas ainda há quem acredite que o moleque de Xerém dispute vaga com o eterno, porém defasado, Cano. O jogo de hoje mostrou que essa disputa não existe. JK é titular absoluto no comando desse ataque.
Na zaga, vendo Ignácio jogar, não é possível compreender como seja possível ser reserva de Freytes, sem querer diminuir o trabalho do argentino. É só uma questão de ver o jogo e olhar o desempenho defensivo. O time é melhor com Ignácio, assim como seria com Júlio Fidelis em detrimento de Guga.
Se o trabalho for feito com lógica, o Fluminense chega entre os seis primeiros no Brasileiro e tem tudo para ganhar a Copa do Brasil, mas o problema é que a gente não tem tanta esperança de que isso vá acontecer, não por causa de Zubeldia, mas porque isso parece independer do técnico.
Saudações Tricolores!

