E logo após o primeiro minuto de jogo passar no cronômetro, eis que Fred estica uma bola na área que caprichosamente toca o braço do zagueiro colorado Bruno Méndez. O árbitro sem titubear aponta na direção da penalidade máxima, sem dúvidas e com a certeza de estar fazendo o certo para poder presenciar a festa que a torcida fez das bancadas para o mundo, com a transmissão da TV aberta e de tantos canais que replicam o jogo.
Fred, quando o tempo de jogo chegava aos 4 minutos, emplaca o gol solitário da partida, que permitiu o Fluminense de Mário abusar de sua principal característica: a covardia.
Não houve mais jogo de futebol pelo Fluminense, mas também não houve por parte do Inter, que muito inoperante foi incapaz de empurrar o Fluminense para as cordas.
Até tentou e chegou em duas bolas perigosas, a primeira que obrigou Marcos Felipe fazer uma defesa magistral na primeira etapa e a segunda, em que o nosso goleiro só empurrou para fora com os olhos de Ciclope.
Já Marcelo Lomba precisou trabalhar muito pouco ou quase nada na partida inteira, pois o Fluminense abdicou de jogar e furou desde muito cedo a bola. Deu certo, pois venceu. E a festa da torcida completa o psicotrópico vivenciado pelo maior público do Fluminense no pós-pandemia: 18.617 (dezoito mil, seiscentos e dezessete) presentes, dentre eles o querido Paulo-Roberto Andel, acompanhado pelo mancebo Heitor, fundador e mais jovem integrantes do PANORAMA TRICOLOR.
Para não dizer que não tentamos, Wellington esticou bela bola até Caio Paulista que desperdiçou, e Calegari foi um gigante na função de meio-campo, a qual havia sendo negada por improvisá-lo na lateral direita, hoje ocupada em vulto por Samuel Xavier.
Algumas certezas do jogo de hoje são: não temos laterais confiáveis, e seguir colocando Caio Paulista dividindo espaço com Luiz Henrique vem atrapalhando o jogo do segundo, pois tem infinitamente mais recursos quando com a bola sob seus pés. Já Caio, corre, briga e nada.
Em síntese, o Fluminense foi beneficiado com o pênalti bem no início do jogo, pois assim pode se acovardar em paz e sair do Maracanã com os três pontos, que para muitos é só o que importa. Mas seguirei na minha cruzada de destacar que as sensações também são importantes, a postura e o como se constrói o jogo também é importante, além de lúdico te aproxima mais dos objetivos, sempre.