Fluminense 1 x 0 América-MG (por Lucio Bairral)

lucio panorama red

Fluminense e América. O mineiro, com acento. Em Cariacica, no Espírito Santo. Dia dos Pais, mais uma data do calendário comercial, onde se esperam vendas para movimentar a engrenagem. E em um tempo onde o romantismo é cada vez mais poesia e o mundo real mais duro e árido, o time dos profissionais do futebol do Fluminense entrou em campo com Cavalieri, Wellington Silva, Renato Chaves, Gum e Willian Matheus; Douglas, Cícero e Scarpa; Marcos Júnior, Wellington e Henrique Dourado.

O Tricolor iniciou o jogo até se movimentando bem, mas faltava poder de definição. Cavalierii fez somente uma defesa em toda a primeira etapa. Marcos Júnior, Scarpa e Wellington apareceram bem no comando de ataque, mas faltava a boa finalização. Se a posse de bola de dois terços do tempo a favor do Fluminense mostrava o domínio territorial, o placar de 0 a 0 diagnosticava a falta de precisão no ataque. Noves fora o gol legal equivocadamente anulado no final do primeiro tempo, a equipe pouco mostrou.

O segundo tempo começou com o gol do Ceifador, em um belo cruzamento do Willian Matheus. O atacante participou de um contra-ataque e esperou a bola no segundo pau, no bico da pequena área e chutou em um sem-pulo, fazendo um belo gol. Pouco depois Marcos Júnior arrumou confusão com Juninho e ambos receberam cartão amarelo. Um festival de cartões amarelos pendurou meio time americano. Marquinho entrou no lugar do Marcos Júnior aos 26 minutos. A chance de matar o jogo foi desperdiçada pelo Ceifador logo depois, após um belo passe de calcanhar do Wellington. Cara a cara com o goleiro, não era lance para perder. Para fazer o tempo passar, após os 40 minutos entraram Samuel e Danilinho no lugar do Henrique Dourado e Scarpa, respectivamente.

E assim terminou a partida: com uma vitória magra, mas importante para o prosseguimento da competição. Precisamos de mais do que isso, se quisermos atingir algum objetivo digno da tradição da nossa camisa. Porque tem muito filhão achando que é paizão, mas não passa de fedelho. Precisamos de mais profissionais e menos abnegados. Para ser amador, que seja somente torcedor. Cada um no seu lugar.

Panorama Tricolor

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Imagem: lub