Fluminense 0 x 1 Grêmio: atuações (por Mauro Jácome)

Uma única chance real de gol. Uma única conclusão ao gol com perigo. Uma bola na trave de Luccas Claro. Era um time reserva? Sim. Era um adversário sem vitórias no campeonato? Sim. A derrota foi resultado de uma diferença técnica? Não. Um pênalti estranho? Sim. Dentro da área? Olha…

Um time sem imaginação, um PH Ganso sem protagonismo, um meio-campo que tocava pra lá, pra cá, mas sem capacidade de empurrar o adversário pra dentro da sua área. Um centroavante que tinha que brigar com a bola por baixo e por cima vinda de lançamentos quando a paciência acabava. Laterais que não ajudavam a agredir o adversário, nem a abrir as linhas de marcação. Um punhado de substituições que, por mais estranho que possa parecer, bagunçou o que não tinha organização e que não tinha planejamento para mudar o panorama do jogo. Foram alterações porque faz parte da prerrogativa do técnico.

Enfim, mais um jogo na lata do lixo porque o Brasileiro está sendo colocado de lado. Pontos que farão falta lá na frente se a Libertadores acabar precocemente e a realidade deixar de ser conjugada no futuro. Enfim, vamos ao que vimos dentro de campo:

MURIEL

O que mais aborrece na derrota é que o goleiro não foi chamado para o jogo, exceto num pênalti. Pulou para um lado, a bola foi para outro. Mesmo que tivesse adivinhado o canto, nunca pegaria, pois foi bem batido.

CALEGARI

Trabalho na marcação de dois, três que caiam pelo seu lado. A marcação próxima, obrigava o adversário a tocar para trás. Não subiu e o lado direito fez falta para a criação de jogadas ofensivas. Chegou atrasado no pênalti e não viu Alisson se aproximar.

MANOEL

Deu conta do recado por cima e tentou avançar pelo lado direito, mas esbarrava na parede gremista.

LUCCAS CLARO

Brigou muito com Diego Souza e levou vantagem. Teve trabalho na cobertura de Egídio.

EGÍDIO

Envolvido algumas vezes por Vanderson e Leo Pereira. Na frente, não passou da intermediária.

WELLINGTON

Nada de útil. Uma posição importante para ficar nos pés de um jogador tão limitado.

YAGO

Entrou para tentar empurrar o adversário para trás e abrir espaços para as conclusões de média distância. Também tentou alimentar os lados do campo. No entanto, a quantidade de substituições deixou o time confuso.

GANSO

Seria a imaginação e a criação, mas não tem força física para jogar no meio de adultos.

JOHN KENNEDY

Entrou para dar mais movimentação e aumentar o poder ofensivo, no entanto, o time estava uma bagunça. Quando pegou na bola, tentou romper pela experiente zaga gaúcha. Parou nos pés de Geromel e Kanneman.

GABRIEL TEIXEIRA

Muita correria, mas na intermediária. Tem que jogar mais perto da área e se aproximar do centroavante.

CAZARES

Mais um que não tem jogado em ritmo de competição. Um toque ou outro, mas longe do que o Fluminense precisa.

ABEL HERNANDEZ

Brigou fora da área. A bola não chegou limpa.

MATHEUS MARTINS

Foi para a esquerda, enquanto era no meio que faltava alguém para pensar. Obviamente, não rendeu.

LUIZ HENRIQUE

Eoua muito. Passes, dribles e, principalmente, decisões. Quando estava melhorando, saiu.

LUCCA

Já gastou o estoque este ano. Entrou e nada resolveu.

ROGER MACHADO

Uma escalação sem ambição. Só está pensando na Libertadores. É possível disputar a Libertadores sem menosprezar o Brasileiro. Tinha André, Yago e Martinelli para escalar dois. Não precisava de Wellington. Ainda mais com Martinelli mais recuado. Ganso e Cazares têm papéis muito importantes para condições físicas tão insuficientes. Matheus Martins seria uma opção, mas tem entrado num setor do campo que não rende. Se pretende fazer cinco substituições, precisa vir do intervalo com uma ou duas. Mesmo que a formação não esteja rendendo, fazer três substituições e, em seguida, mais duas, bagunçam definitivamente. As substituições precisam de planejamento. O momento do jogo, a necessidade do reforço e a peça disponível devem se combinar, caso contrário, acontece de o Matheus Martins parar na esquerda, de o John Kennedy ser obrigado a lutar contra dois zagueiros bem plantados, de Cazares tocar pro lado, de a bola não chegar à área adversária.

Acompanhe o Programa Panorama Tricolor na página do Facebook: sábados, às 17 horas; segundas e quintas, às 20 horas

Clique Aqui para seguir o podcast do Panorama Tricolor