Pela primeira vez na história temos Fla-Flu pela Copa do Brasil. Poderia ser uma final ou semifinal, mas estamos nas oitavas ainda. Muita água precisará rolar depois disso.

O jogo, por escolha da CBF, ficou isolado numa terça-feira de outono, claramente em conluio com as emissoras de tevê, que vivem de explorar a imagem de seu mais querido clube, aliado em alienar. Hoje com direito a VAR e tudo.

Dentro das quatro linhas mas também em suas cercanias, tivemos um jogo, ou quase. O Flamengo de Sampaoli sufocou o Fluminense de Diniz, na opressão em cerco ou na falta, cortando cana antes de poder apurar suas delícias. Desse modo, o tal dinizismo não pode florescer em campo.

O que Fernando Diniz não quis fazer no intervalo, foi forçado pelas circunstâncias da partida. Ousou crer que Pirani conseguiria fazer as funções empenhadas outrora por Alexsander, sem chances, mais atrapalhou do que não comprometeu.

Em lance que Gabriel Barbosa sairia livre em direção a Fábio, Felipe Melo deu um pontapé nele, o derrubando e impedindo seu avanço. Daronco, em cima, advertiu com amarelo e sinalizou o que viu. Mas o VAR entrou em ação e o fez converter a cor do cartão.

Com o aposentado expulso, Diniz precisou recompor, tirando Pirani, enfim, para a entrada de Manoel. Tivesse sido sensato, poderia ter feito essa mudança no intervalo, e ainda poderia ter tirado Pirani para entrar com Jota Ká, por exemplo.

O roteiro do jogo se impôs ainda mais com onze – talvez doze – contra dez. Porém, na segunda etapa, além da substituição do Marcelo ainda no primeiro tempo por lesão para entrada de Guga, enfim o Fluminense conseguia competir.

A equipe nascida em Laranjeiras não teve vergonha de armar seu Tranca Rua e só sair nas boas. Mesmo assim, quase conseguiu achar um gol, embora o adversário tivesse ene chances, mas não conseguia ser efetivo.
O VAR que buscou tanto rigor no lance do Felipe Melo, fez a egípcia em um pisão de Gabriel em Ganso, após o mesmo ter feito falta no dez tricolor.

No fim, o empate em zero a zero foi para o Fluminense. Sair vivo dessa partida em que foi amassado, foi uma vitória e tanto. Mas ela precisa vir junto com algumas lições, dentre as quais, o treinador Diniz usar um equipamento feito pelas óticas homônimas, a propaganda desta passava agora no intervalo comercial no canal Disney.

A segunda parte dessa batalha será somente no mês que vem, em uma quinta-feira, dia primeiro. Até lá o time precisa de melhores alternativas para sustentar os medalhões em campo.

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Serviço do jogo:

Fluminense 0 x 0 Flamengo
Copa do Brasil – Oitavas-de-final (jogo de ida)

Maracanã, no Rio de Janeiro-RJ
Terça-feira, 16/05/2023, às 21:00h (Brasília)

Árbitro: Anderson Daronco (RS)
Cartão amarelo: Ganso 53’(Fluminense)
Cartão vermelho: Felipe Melo 52’(Fluminense)
Fluminense: Fábio; Samuel Xavier, Nino, Felipe Melo e Marcelo (Guga 40’); André, Gabriel Pirani (Manoel 54’), Lima e Ganso (David Braz 90’+ 5’); Arias e Cano. Técnico: Fernando Diniz. 4-4-2

Flamengo: Santos; Wesley, Fabrício Bruno, Léo Pereira e Ayrton Lucas; Thiago Maia (Everton Cebolinha 63’), Pulgar, Gerson, Arrascaeta (Matheus França 75’) e Éverton Ribeiro (Vidal 83’); Gabriel Barbosa. Técnico: Jorge Sampaoli. 4-3-3