Os heróis da Leste vibraram com o primeiro gol do Fluminense. “E-ze-qui-el (com Daniel)”. Excelente passe do meia para o já controverso lateral acertar um cabeçadaço, abrindo o marcador. Heróis mesmo: o Maracanã hoje é muito mais quente do que antes, e com um sol aterrorizante.

Dentro de campo, o calor era ainda pior, o que ajuda a explicar a queda de rendimento tricolor no decorrer do primeiro tempo. Não deveria ter jogos à tarde em janeiro e fevereiro. Mas ter ficado mais devagar não tirou do Flu o controle do jogo, exceto no fim da etapa, quando a Portuguesa tentou uma graça e Rodolfo fez grande defesa no canto esquerdo. Fim de papo, intervalo, um a zero Fluzão com seu lindíssimo uniforme kind of blue. Bela atuação de Daniel.

Emoções no começo do segundo tempo: Mascarenhas num chutaço de falta que Ruan defendeu, a Portuguesa respondendo com um porradão na trave dado por Romarinho. Susto. E E-ze-qui-el chutando forte com o arqueiro luso batendo roupa. Sem forçar muito, o Flu continuou a controlar as ações. Antes do tempo técnico da aguinha, teve um trelelê envolvendo o irreverente González. Coisas do jogo.

Aos 31, Rodolfo (com grande defesa) e Mascarenhas (na rebatida) impediram o empate da Lusa, então mais adiantada e pressionando. O troco veio fatal e com categoria: o sumido Yoni, de chapa e tranquilo, fez 2 a 0 e, em condições normais, o jogo estaria liquidado. Porém, na saída, a Portuguesa descontou com bela jogada individual e raçuda de Skilo. Droga!

Minutos finais com direito a um balaço de González no travessão e, por fim, o terceiro gol, marcado por Luciano após cruzamento de Bruno Silva. Três a um, fim de papo, o Flu venceu um bom desafio. Caio e Gonçalves já tinham entrado corretamente. O árbitro Philip Bailey não comprometeu.

Sete mil e quinhentos torcedores na Arábia Maracanã. Não fosse a escrotidão política, eis um jogo que caberia muito bem no retrofitado Estádio das Laranjeiras. Enfim, uma boa vitória. Temos alguma alegria no país das tragédias anunciadas.

Panorama Tricolor

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