Flamengo 3 x 1 Fluminense: atuações (por Mauro Jácome)

O início tricolor foi muito bom. Apesar de não criar chances de gol, marcava forte, adiantado e tentava recuperar a posse de bola no campo de ataque. Numa bola alçada na área, Arão toca com a mão, mas, claro, o árbitro não marcou. Qualquer árbitro marcaria. No entanto, a forma de jogar não durou muito e o Fluminense adotou o “padrão de jogo” que tem sido praticado: atrás, preso em seu próprio campo e sem encontrar o caminho do ataque. O Flamengo pressionou e encheu a área tricolor de bola aérea. Quando parecia que os times iriam para o intervalo no zero, Arrascaeta foi lançado em profundidade, passou por Marcos Felipe e foi derrubado. Gabriel bateu e marcou. Logo em seguida, o Flamengo trocou passes na entrada da área, Gabriel foi lançado, bateu cruzado, Marcos Felipe não conseguiu segurar e o placar foi alterado novamente.

O Fluminense voltou disposto a mudar o panorama do primeiro tempo. Caio Paulista e Gabriel Teixeira foram para o jogo. Logo aos 4’, Caio Paulista é derrubado na área, mas o árbitro só marcou o pênalti aos 6’, depois de consultar o VAR. Fred bateu, marcou e deu uma injeção de ânimo. O Fluminense era outro. Ora na vontade, ora na velocidade de Caio e Gabriel Teixeira, o time partiu em busca do milagre. Faltava a bola do jogo. Ela veio. Cazares, que tinha entrado no lugar de Nenê, bateu uma falta que surpreendeu a defesa do Flamengo e Danilo Barcelos perdeu na cara de Gabriel Batista. Não demorou, Pedro avançou e bateu rasteiro, Marcos Felipe soltou e João Gomes só empurrou para o gol. Acabou o jogo. O Fluminense arriou os quatro pneus mais o estepe.

MARCOS FELIPE

Boas defesas no primeiro tempo, mas a bola do segundo gol era defensável. Bela defesa em falta cobrada logo depois do gol de Fred. Soltou uma bola fácil no terceiro gol.

CALEGARI

Enquanto durou a marcação avançada, foi bem, mas com o recuo no primeiro tempo, e sem proteção, levou um passeio. Com a ajuda de Caio Paulista, conseguiu melhorar a marcação pelo lado direito. Morreu nos últimos 20’.

NINO

Foi uma loucura na etapa inicial. Além de marcar os adversários dentro da área, tinha que sair para cobrir Calegari. No momento de predomínio tricolor, tentou apoiar o ataque.

LUCCAS CLARO

A raça de sempre. Teve menos trabalho do que Nino porque o Flamengo concentrou os ataques pelo outro lado.

DANILO BARCELOS

Péssimo primeiro tempo. Errou muito. Na etapa complementar, apesar das limitações técnicas, lutou muito para ajudar a empurrar o time para a frente. Teve a grande chance do empate, mas cabeceou mal.

MARTINELLI

Está com dificuldades para fazer as transições. Os adversários já perceberam a sua qualidade e entram com o objetivo de anulá-lo. Para piorar, o Fluminense sempre joga em minoria no meio-campo.

YAGO

Pouco efetivo. Carrega demais a bola e permite que a marcação feche nos companheiros.

ABEL

O time já estava no desespero. A bola não chegou.

NENÊ

Nada de útil. Nem a bola parada ajudou.

CAZARES

Uma falta bem cobrada na cabeça de Danilo, mas o lateral desperdiçou. Pouco. O Fluminense precisava muito mais.

KAYKY

O recuo no primeiro tempo, deixou-o sem ação. Se o planejamento é ficar recuado no primeiro tempo, para sair no segundo, não pode entrar jogando.

FRED

Lutou muito, mas a postura defensiva o deixou sem opções para finalizar. Bateu bem o pênalti.

BOBADILLA

Tentou dar força ao ataque, mas quase não tocou na bola.

LUIZ HENRIQUE

Atua preso atrás para ajudar na marcação, portanto, nulo ofensivamente. Também não se achou no esquema de Roger.

CAIO PAULISTA

Sofreu o pênalti no começo do segundo tempo. Depois, tentou chegar à área na vontade. Apesar de todas as restrições, não faltou luta e isso ajudou a dar a esperança de que o time poderia vencer.

GABRIEL TEIXEIRA

Melhorou o poder ofensivo. Depois faltou alguém para lançá-lo.

ROGER MACHADO

O time de Marcão era melhor. Não se deixava envolver tão fortemente. Atualmente, o Fluminense entrega o primeiro tempo e depois tem que correr atrás do prejuízo. Falta personalidade para entrar e delimitar os espaços. Luiz Henrique, Kayky e Fred jogam na linha de marcação e chamam o adversário. No segundo tempo, tira os garotos. Dessa forma, perde o potencial deles. O meio-campo tem ficado em minoria e a bola bate e volta. Ou revê a forma de jogar ou vamos sofrer demais. Terça está chegando.

Acompanhe o Programa Panorama Tricolor na página do Facebook: sábados, às 17 horas; segundas e quintas, às 20 horas

Clique Aqui para seguir o podcast do Panorama Tricolor