FERJ: chega de calhordice

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Seria a melhor alternativa, diante da calhordice que assoma à FERJ, o Fluminense não se esforçar para vencer o Madureira e, com isso, deixar de avançar à fase semifinal do campeonato carioca?

Alguns entendem que sim, que diante da perseguição escancarada contra o Fluminense promovida pela máfia que comanda a federação, a opção mais sensata seria boicotar esse arremedo de competição de cartas marcadas, o que, de certa forma, funcionaria como um protesto tricolor contra as arbitrárias decisões do senhor Rubens Lopes, dos visíveis prejuízos que vem sofrendo por interferência da arbitragem e pelo favorecimento evidente do clube presidido pelo presidente de fato da FERJ, Eurico Miranda.

Não acho que seja a melhor opção, porque é exatamente por isso que Rubens Lopes e Eurico Miranda vêm lutando desde o início da competição. Dar a eles de mão beijada essa desclassificação seria apenas uma forma de facilitar as suas nefastas pretensões. Evidentemente, o Fluminense não é bem-vindo nas finais do carioca, menos por suas críticas à administração do futebol no Rio de Janeiro do que pelo imbróglio referente à posição das torcidas no Maracanã quando o adversário for o Vasco da Gama.

Certamente, um eventual confronto com o Vasco acarretaria um impasse intransponível por conta da intransigência do dirigente vascaíno em reconhecer um legítimo direito do Fluminense, estabelecido contratualmente com o Consórcio Maracanã.

Por essa “pirraça”, digamos assim, de um dirigente vetusto que não sabe ouvir um “não”, vivenciamos uma das maiores aberrações desportivas dos últimos tempos, sobretudo porque é ele quem, de fato, comanda a Federação do Estado do Rio, dirigida, por direito, pelo seu títere Rubens Lopes.

A essa calhordice explícita, deveria mostrar o Fluminense que não se submeterá. Basta de arbitrariedade, de manipulações, da prevalência dos interesses escusos. O Tricolor deve fazer a sua parte, tentar a classificação com dignidade e mostrar não só aos cariocas, mas ao Brasil, que, contra as práticas espúrias estará a honradez de um clube glorioso e centenário que defenderá seu direito de disputar a competição em igualdade de condições com os demais filiados.

As manipulações que porventura ocorram caso o Flu avance poderão até mesmo alijá-lo do campeonato, mas mostrarão a todo o país que o Tricolor fez a sua parte em nome da grandeza do espírito da competição, e que os vilões dessa história estarão com seus dias contados, assim como o desinteressado, deficitário e manipulado campeonato que tentam nos impor como se fosse uma disputa legítima e equânime.

Vamos até o fim em 2015 e, para 2016, lutemos pela criação de uma liga independente e isenta.

Felipe Fleury

@FFleury