Estamos aí, Fluzão! (por Paulo-Roberto Andel)

Antigamente era fácil: o Fluminense dava sapatada no Vasco e no Botafogo, mas se enrolava com o Flamengo. Depois foi mudando. Nos últimos anos, os clássicos não têm sido uma boa para o Flu, reflexo direto de seus bastidores destrambelhados.

Há vinte e cinco anos o Vasco virou nossa pedra no sapato. Até nos anos em que foi rebaixado, nos aporrinhou. No próximo sábado em Brasília tem clássico, o que não quer dizer muito nesse Cariocão vapt-vupt onde o objetivo é colocar os quatro grandes decidindo (o Botafogo tá atrapalhando os planos da Taça Guanabara). Era jogo para o Maracanã lotado, mas já perdi as esperanças. Deixa pra lá.

Pelo menos o momento do nosso time é legal. Ainda que o Carioca nem de longe seja parâmetro de disputa para o resto da temporada, o fato é que nossas vitórias sobre Americano e Portuguesa foram divertidas. O bom futebol de Daniel e a irreverência eficiente de Yoni González caíram nas graças da nossa sofrida torcida, em especial da garotada. É bom ver o Diniz tentar algo diferente. Pequenos bálsamos num mar de desconforto em que temos boiado à espera de um improvável resgate salvador.

Logo mais tem um joguinho gostoso, como diria Raul Sussekind, parafraseando o locutor Maurício Menezes, homônimo do comentarista/humorista, hoje radicado em Juiz de Fora. Lá vem o Carrossel Suburbano. Somos favoritos, precisamos mostrar força e vencer, claro. É o que se espera. Depois pensamos no clássico.

Janeiro está no fim. Foi menos pior do que pensávamos. Seguimos em frente, sem medo mas também sem deslumbramento, até porque não há o menor motivo para isso.

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A pífia participação dos associados na assembleia de sábado passado dá o triste tom do Fluminense fora de campo: um clube divorciado litigiosamente de seus aficcionados. Nove em cada dez sócios não acreditam mais neste modelo e em seus protagonistas, na mesma linha do que se vê nas arquibancadas.

Aliás, é bom que se diga, menos pelos nomes mais badalados (Mário, Celso etc) e muitíssimo mais por seus panfleteiros, “acessôris” e papagaios de pirata, donde certamente estão algumas das pessoas mais escrotas, podres, hipócritas, levianas e baixas que este cronista já teve a infeliz oportunidade de conhecer na vida.

Lixo humano sem chance de reciclagem que, sem usar o Fluminense como par de muletas para sua vida torpe, cai de quatro no chão e nunca mais se levanta.

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Pessoal, meu novo livro se chama “Um botequim de Copacabana” e será lançado pela Vilarejo Metaeditora em fevereiro/março. Uma coletânea de crônicas sobre personagens divertidíssimos de um bar que foi minha inspiração quando eu era adolescente e jovem adulto. Certamente é meu livro mais engraçado de todos.

O lançamento será no Sebo X, novo point de artes e cultura no Centro do Rio, na Praça Tiradentes. Assim que rolar, aviso por aqui a data e, claro, espero vocês por lá.

Panorama Tricolor

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