Na última terça-feira, 27, meu pai faleceu, próximo de completar 89 anos. Um dia após seu sepultamento, o nosso Fluminense – o Tricolor das Laranjeiras – conquistou mais um importante título de forma emocionante, como não poderia deixar de ser.

Só mesmo o Fluminense seria capaz de amenizar minha dor pela imensa perda daquele que foi o responsável por essa paixão arrebatadora. Aquele me me levou à primeira partida no Maracanã, aos oito anos de idade, em 1968.

Ainda lembro dos jogos e de como eu pulava no seu colo nas comemorações dos gols. Lembro dele chamando o vendedor de mate e reclamando da espuma, pedindo pra completar nossos copos. De seu cuidado comigo na saída do estádio gritando no meio da multidão que descia a rampa da arquibancada e dentro do trem lotado da volta. Da Estação do Derby Club até Cascadura.

Lembro da expectativa nas manhãs que antecediam aos jogos dos domingos em que íamos ao Maraca. Da espera pelos jornais de segunda-feira, que meu pai trazia na volta do trabalho à noite, depois das grandes vitórias sobre os principais rivais.

Ontem ele já pôde assistir ao jogo de outro lugar, ao lado de minha mãe, também tricolor. Os dois estão felizes, com certeza.

Obrigado por essa paixão, meu pai. Essa foi pra você! 🙏🏼

O Fluminense é Campeão!

O Super Campeão da América!