Esperança tricolor em Itaquera (por Paulo Rocha)

A noite da próxima quinta-feira reserva ao Fluminense, possivelmente, seu maior desafio nesta temporada. Após a bobeada no Maracanã, quando permitiu ao Corinthians empatar (no apagar das luzes) um jogo no qual fora superior, o Tricolor vai até a Arena de Itaquera em busca da classificação à final da Copa do Brasil.

Menos mal que não há mais, nesta competição, a tal regra do gol marcado fora de casa. Ou seja: o quadro não é tão desesperador. Há fatores contra e a favor do Flu neste duelo. O resultado é imprevisível, apesar do clima de já ganhou impregnado na imprensa paulista.

Pesam contra nós a ausência de André, suspenso, e o teste para cardíaco que Fernando Diniz impõe com sua conhecida saída de bola. Na suada vitória sobre o Fortaleza, sábado passado, no Maraca, pelo Brasileirão, nossa defesa foi pressionada e passamos sufoco. Se com André já foi complicado sair com a bola lá de trás, imaginem sem ele?

Acredito que Diniz vai escalar Felipe Melo como primeiro volante. Apesar de não ser fã deste jogador, talvez se converta na melhor opção para o tipo de jogo que teremos pela frente. É experiente, calejado e, se não inventar, pode ser útil. Não hesita em fazer lançamentos – algo que talvez seja bem melhor do que sair naquele estilo de toque e perder a bola perto da nossa área.

Outra coisa que poderia dar certo (e mais uma vez sei que irão me contestar) será a entrada de Cristiano na vaga de Caio Paulista. Galera, o empate não é dos caras, eles têm que vencer para se classificar, assim como nós. Eu iria de Cristiano (Caio seria mais uma opção para o decorrer da partida, e para o ataque).

Agora, falando no aspecto positivo a nosso favor, que bola está jogando Paulo Henrique Ganso! Pelo que me lembre, só o vi jogar desse jeito no Santos de Neymar. Que categoria, que precisão nos passes, que elegância. Está atuando com confiança, exercendo liderança e dando qualidade ao nosso meio de campo. Um verdadeiro camisa 10.

Outro fator muito importante: Cano voltou a balançar as redes. Tem muita estrela, pode decidir o jogo, assim como fez na final do Carioca – contando com o auxílio luxuoso de Jhon Arias, o colombiano que me faz lembrar Erivelto, reserva de Rivellino na Máquina Tricolor.

Pois é, a noite de quinta-feira reserva emoções fortes para nossos corações tricolores. Tudo pode acontecer. Que o Time de Guerreiros dê as caras no Itaquerão. E traga de lá essa classificação com a qual tanto sonhamos.